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Trabalhadores da Paz

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

SELO COMEMORATIVO CHICO XAVIER


Em homenagem ao centenário de nascimento de Francisco Cândido Xavier, os Correios farão o lançamento oficial de um selo comemorativo, que ocorrerá no dia 2 de abril de 2010, em Pedro Leopoldo e Uberaba, e no dia 18 de abril em Brasília.
Informação: GEEM
Imagem: Notícias do Movimento Espírita,  por Ismael Gobbo.

CIÚME E INVEJA

Sentimentos contrariam adesão aos princípios morais/Recordando Allan Kardec

Esses dois sentimentos são destruidores da paz que se deve buscar para a harmonia da convivência. Apegos, medos e especialmente a insegurança pessoal, aliados ao egoísmo são seus geradores. Além da presença nos lares, nos relacionamentos, eles também comparecem com toda força nas instituições inspiradas pelo Espiritismo, pois que provenientes da imperfeição do caráter humano, ainda necessitado de correções morais. Como destaca Allan Kardec em O Livro dos Médiuns, item 336, referindo-se aos inimigos do Espiritismo, “(...) os mais perigosos não são os que o atacam abertamente, mas os que agem nas sombras; estes, o acariciam com uma mão e o difamam com a outra. (...) graças aos surdos enredos que passam desapercebidos, semeiam a dúvida, a desconfiança e a desafeição; sob a aparência de um hipócrita interesse pela coisa, criticam tudo, formam  rodas que cedo rompem a harmonia do conjunto (...) Esse estado de coisas, deplorável em todas as sociedades, o é mais ainda nas sociedades espíritas, porque se não levam a uma ruptura, causa uma preocupação incompatível com o recolhimento e a atenção”.
São severos inimigos da boa convivência. Filhos do orgulho, comparecem na seara doutrinária do Espiritismo com os sintomas da animosidade crônica. Diríamos que como uma estranha rivalidade com alguém ou um fechamento intencional do afeto, que coagula as emoções na frieza disfarçada. Tais sentimentos não aceitam a felicidade, o êxito alheio ou perfis psicológicos diferentes dos quesitos pessoais do próprio invejoso ou ciumento. E formam os sutis detetives da conduta alheia. Na verdade significam apego e apropriação de espaços de trabalho, em cargos ou atividades, e mesmo ainda em autênticas disputas mentais que o invejoso trava entre si e aquele que julga como oponente, em razão muitas vezes, da desenvoltura do imaginário adversário.
A Revista Espírita traz abordagens sobre tais temas. O Espírito São Luiz abordou a questão da inveja, respondendo a um questionamento: “(...) seu Espírito está inquieto, sua felicidade terrestre está no auge; ele inveja o ouro, o luxo, a felicidade aparente ou fictícia de seu semelhante; seu coração está destroçado, sua alma surdamente consumida por essa luta incessante do orgulho, da vaidade não satisfeita; ele carrega consigo, em todos os instantes de sua miserável existência, uma serpente que ele reaquece, que lhe sugere, sem cessar, os mais fatais pensamentos: ‘Terei essa volúpia, essa felicidade?’ (...) E se debate sob sua impotência, vítima dos horríveis suplícios da inveja. (...)” E conclui: “(...) Fazei vossa felicidade e vosso verdadeiro tesouro sobre a Terra as obras de caridade e de submissão, as únicas que devem contribuir para serdes admitidos no seio de Deus; essas obras do bem farão vossa alegria e vossa felicidade eternas; a inveja é uma das mais feias e das mais tristes misérias do vosso globo; a caridade e a constante emissão da fé farão desaparecer todos esses males (...)”
A outra referência, sobre o ciúme, está assinado por O Espírito protetor do médium e trata-se de mensagem recebida na presença do Codificador. Pondera o autor: “(...) O ciúme é o companheiro do orgulho e da inveja; ele vos leva a desejar tudo o que os outros possuem, sem vos dar conta se, invejando a sua posição, não pedis senão que se vos faça presente uma víbora que aquecereis em vosso seio. (...)” Claro que esse comentário pode ser estendido a todas as demais conquistas daquele que sofre a ação do ciúme e não se circunscreve aos patrimônios materiais.
Em ambos os casos, porém, a clara indicação do aprimoramento interior no combate a esses sentimentos, frutos do orgulho. Ambos são tolos e causam enorme perda de tempo, tranqüilidade e progresso. E já que a finalidade da presença do Espiritismo no planeta é a melhora moral dos seres humanos, iniciemos desde já uma análise interior para avaliar a presença desses indesejáveis sentimentos e seu expurgo, mesmo que a longo prazo, para que possamos desfrutar da incomparável experiência de viver buscando o progresso que a vida destina a todos nós.

(Orson Peter Carrara)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Palestra: Calamidades

Falaremos hoje sobre Calamidades, trata-se de um tema bastante atual e tem como principais  fontes de consulta o L .E. – Lei da Destruição e o Livro Após a Tempestade / Divaldo P.Franco
Introdutório
Uma das coisas que aprendemos desde cedo e já está intrínseco dentro do homem é que Deus existe e é o grande Criador, a causa primária de todas as coisas, criou o Universo onde existem muitos planetas e estrelas que movimentam-se harmoniosamente. O E.S.E. no cap. III “Há muitas moradas na casa de meu pai” os amigos da espiritualidade nos afirmam que não estamos sozinhos no Universo. Além da Terra, o Sol, as estrelas existem muitos outros planetas e mundos que nossos olhos não conseguem alcançar tamanha é a magnificiência de Deus. A Terra entretanto é uma destas tantas moradas de Deus. E se passamos por dificuldades é porque a Terra é ainda um mundo de Provas e Expiações onde os habitantes ainda têm muitos débitos à resgatarem perante às Leis Divinas.
As leis
Para que tudo possa estar em plena harmonia, homens precisam seguir algumas normas que chamamos de leis. A D.E. explica que as leis dos homens são mutáveis e diferentes de um lugar para o outro mas as Leis de Deus são imutáveis e procura sempre a perfeição de todas as coisas.
Como ainda somos espíritos em evolução e ainda não atingimos a perfeição ainda infringimos as leis de Deus e, como para toda causa há um efeito, sofremos dificuldades por nossa própria desobediência.
Após entendermos que para toda causa há um efeito, fica mais fácil compreendermos o porque de tanto sofrimento entre os homens.
Calamidades
Fica muito difícil para aqueles, que somente enxergam o materialismo, entender o porque de certos acontecimentos na Terra envolvendo tantas mortes.
O Espiritismo explica que trata-se de um resgate coletivo que envolve a correção de um grupo de espíritos que, em alguma outra encarnação, cometeu atos semelhantes e muitas vezes em conjunto de descumprimento da Lei Divina e que, portanto, para terem a consciência tranqüila precisam sanar o débito. O plano espiritual têm todo o trabalho para reunir o grupo de modo a reajustarem-se e impulsionar o seu progresso.
(*)No livro Cartas e Crônicas de Humberto de Campos psicografado por Chico Xavier há uma narrativa explicando a tragédia ocorrida no dia 17/12/1961 em Niterói  quando um incêndio destruiu o Gran-Circo Americano onde 70% da platéia eram crianças. No livro, Humberto de Campos, explica que todos os que estiveram envolvidos naquele episódio eram os mesmos personagens que no ano de 177, queimaram cerca de mil crianças e mulheres cristãs numa arena de um circo na Gália/França. E para o devido reajuste com a Lei de Causa e efeito foram convocados ao devido resgate.

Outra informação importante no que diz respeito às calamidades vem justamente da ciência que já nos provou que a Terra sofre, vez ou outra, alguns ajustes por este motivo ocorrem os terremotos, maremotos, e tantos outros cataclismas envolvendo tantos desencarnes.

No livro “Após a Tempestade de Joana de Angelis , psicografado por Divaldo P. Franco” a autora espiritual informa que a Terra é visitada com freqüência por cataclismas que fazem parte das adaptações da Terra no seu trânsito de mundo expiatório para regenerador. E ainda esclarece que esses flagelos, aparentemente destruidores, removem pesadas cargas psíquicas existentes na atmosfera.

A espiritualidade aproveita-se destes ciclos da terra  fazendo valer o resgate coletivo. Lembrando que; “nada acontece por acaso”...

(*)No livro Chico Xavier pede Licença no cap. 19 intitulado “Desencarnações Coletivas”, em reunião pública realizada na noite de 22/08/1972 ele responde a seguinte pergunta:
Sendo Deus a Bondade Infinita, porque permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incendios?
Realmente reconhecemos em Deus o Perfeito Amor aliada à Justiça Perfeita. E o Homem, filho de deus, crescendo em amor, traz consigo o sentimento de Justiça, convertendo-se, em razão disso, em qualquer situação, no mais severo julgador de si próprio. Quando retornamos da Terra para o Mundo Espiritual, conscientizados nas responsabilidades próprias, operamos o levantamento dos nossos débitos passados e rogamos os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente. É assim que, muitas vezes, renascemos no Planeta em grupos compromissados para a redenção múltipla.
Consciência do homem
Um  lado positivo nisto  tudo, que não podemos deixar de citar, é que diante de flagelos destruidores o homem também têm uma imensa oportunidade de exercitar a inteligência, mostrar a paciência , resignação e a fé e, Deus, ao mesmo tempo permite ao homem desenvolver os sentimentos de abnegação , de desinteresse próprio e de amor ao próximo diante de fatos como os que vimos no Haiti. E vemos que todas as nações se unem em um só ideal, auxiliar.
Destruição necessária e destruição abusiva
No L.E. parte III cap.6 entitulado Lei da Destruição os espíritos nos explicam que o que chamamos de destruição não é mais que a transformação, cujo objetivo é a renovação e o melhoramento dos seres vivos. Observamos isto muito facilmente nos ciclos da cadeia alimentar onde o objetivo é o equilíbrio na reprodução e na alimentação.
Mas explicam também que os serem têm instinto de conservação para que não ocorra destruição antes do tempo.

(*)A Lenda da Águia, nos dá um exemplo disto, que ao completar quarenta anos de idade ficam com as garras flexíveis e não mais conseguem segurar as presas. O bico alongado e pontiagudo se curva, apontando contra o peito.As asas estão envelhecidas e pesadas em função da grossura das penas, e voar já é tão difícil!
Então, a águia só tem duas alternativas: morrer... ou ... enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias.

Até então falamos da destruição necessária à transformação. Mas encontramos problemas no abuso e falta de limite dos homens, que deixa-se dominar pelos maus instintos fazendo mau uso do livre arbítrio.

E o L.E. nos dá alguns exemplos de Destruição desnecessária, causada pelo próprio homem:
Guerras – Infelizmente ainda o que leva o homem às guerra é a satisfação das paixões negativas como fanatismos religiosos, necessidade de poder e a predominância da natureza animal sobre a espiritual.
Assassinatos, Duelos, Crueldades - Não devemos apontar o dedo para ninguém e dizer que este ou aquele é culpado mas Deus sim é justo e julga mais a intenção do que o fato e todos responderão pelos atos cometidos.

Quando os homens compreenderem a verdadeira justiça e praticarem a lei de Deus, todos os povos serão irmãos e não mais praticarão destruições desnecessárias.

No Livro “Após a Tempestade” de Joana de Angelis , psicografado por Divaldo Pereira Campos a autora diz que infelizmente, por onde passam o homem e a civilização ficam os sinais danosos de sua jornada, muitas vezes em forma de destruição e morte. E que quando o homem aliar sua inteligência a um verdadeiro sentimento de amor ele irá transformar essa realidade.

Precisamos nos unir imediatamente para , mais rapidamente, conseguirmos alavancar a nossa Terra para um mundo regenerado.

Quando vemos notícias de que as Nações estão se unindo em busca de uma solução para o Aquecimento Global, entendemos que já esteja havendo um processo bastante relevante no que diz respeito à maior conscientização de que precisamos nos unir para resolver nossos problemas.

Não é novidade para nenhum de nós que nosso planeta está mais quente... (ontem mesmo eu quase derreti na fila do banco) kkkk

Infelizmente o homem, não cuidou do que é seu, e agora está sofrendo suas conseqüências.

A D.E. também esclarece que Deus nos oferece tudo aquilo que precisamos para levarmos nossa vida, tanto no que diz respeito as coisas materiais como as espirituais.

Mas o homem por ganância, cuida de se exceder em tudo... sem se preocupar com o outro... Países, interessados em crescer e alavancar sua riqueza lançam grandes quantidades de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc) na atmosfera levando ao efeito estufa, que dificulta a dispersão do calor. O desmatamento também é um fator relevante que também preocupam as nações.
Hoje já existem frentes mundiais trabalhando em prol de melhorarem a condição do planeta. Países se reuniram em 2005 (Kyoto), em 2007 em (Bali) e recentemente em (Copenhague). Ainda existem conflitos de interesses entre os países ricos, principalmente EUA e União Européia, e os que ainda estão em processo de desenvolvimento como BR, Índia, China e África do Sul . Mas um documento, foi elaborado visado a redução de gases poluentes em até 80% até o ano de 2050. Todos deverão investir em meio ambiente e enviar relatórios para comunidades internacionais.
Todos nós sabemos que o aquecimento Global trás profundos desastres ambientais como descongelamento das geleiras, transformar florestas em desertos, diminuição na produção de alimentos, morte de várias espécies de animais entre outras.

Por este motivo cabe a cada um de nós também fazermos um pouco para ajudar nosso planeta azul.
Como podemos ajudar :
- Diminuir o uso de combustíveis poluentes e utilizarmos os biocombustíveis como biodiesel e etanol. – Regular automóveis constantemente. – Indústrias devem instalar sistemas de controle de emissão de gases. – Ampliar a geração de energia através de fontes como hidrelétrica, solar, eólica etc. – Utilizarmos mais o transporte coletivo ou bicicleta. – Reciclarmos o lixo. – Usar o máximo da iluminação natural onde quer que estejamos. – Efetuar plantio de mais árvores. Etc.

Sabemos que a hora é agora, como diz na Gênesi “Os tempos são chegados”....

...e eu digo a todos vocês que está na hora de unir nossos esforços o quanto antes.

Façamos a nossa parte, e tentemos aplicar o maior de todos os mandamentos  
"Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo"!

Paz e Luz,
Silmara Garcia

Colaboraram com material doutrinário:
Valter Severino/CENLCAL  e
Claudia Martinez/CENLCAL

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Palestra: Lei da Liberdade

Introdutório
É da natureza do espírito a necessidade de se libertar. Como a liberdade absoluta não existe, a criatura vive situações em que deve obedecer.
Na raiz da obediência por imposição residem as primeiras sementes da rebeldia. Com a sua rebeldia o homem quebra a harmonia entre a sua consciência e a criação. Esta harmonia só será restabelecida pelo conhecimento, compreensão e observância da lei divina ou natural.
Por ter, na sua intimidade (inconsciente), todos os germes das potencialidades divinas de que é dotado, o espírito busca libertar esse potencial, através da sua ação permanente, e tenta vivenciá-lo no consciente. Este é o caminho que o espírito realiza, através da linha do princípio e finalidade. Quanto mais livre do seu inconsciente mais responsável se torna o indivíduo pelo que faça; quanto mais sabe mais deve fazer.

Escravidão
A escravidão de antigamente, reprovável em todos os sentidos, dá lugar à escravização moderna do homem pelo homem, do homem pela máquina, do homem pela economia, do homem pela política, etc.
Todo aquele que tira proveito do outro, usando-o egoisticamente para atingir os seus próprios fins, transgride a lei de liberdade, incorrendo numa forma de escravização.
A desigualdade natural das aptidões tem servido como desculpa para o domínio dos fracos pelos fortes, quando cumpriria a estes fornecerem meios e recursos para aqueles que crescem. Isso dá-se não apenas no palco individual, mas também no empresarial, entre os povos e as nações. Cada ser, individual e coletivamente falando, tem o direito de ser senhor de si próprio, sendo "contrária à lei de Deus toda a sujeição absoluta de um homem a outro."

Liberdade de pensar
A liberdade de pensamento é uma condição básica para o espírito se sentir livre. A espontaneidade e a criatividade, que são fatores espirituais, devem estar sempre presentes no pensamento da criatura, evitando que ela se "robotize", apenas repetindo, em circuito fechado, o que lhe imprimem, através dos modernos meios de massificação.
Perante a lei divina o homem é responsável pelo que pensa e pelo que faz do seu pensamento.

Liberdade de consciência
Por ser a liberdade de consciência conseqüência da liberdade de pensar, "... é um dos caracteres da verdadeira civilização e do progresso".
Tem-se como claro que Deus se manifesta no homem através da consciência; quanto mais consciente é o homem, mais próximo está de Deus.
Por ser a crença manifestação do entendimento íntimo do espírito, ela sempre será respeitável quando conduzir o homem à prática do bem, e será reprovável qualquer atitude de repressão à crença de quem quer que seja, a menos que esta leve o indivíduo para a prática do mal. Neste caso, em vez da repressão deve-se utilizar o esclarecimento e a educação. "Se alguma coisa se pode impor, é o bem e a fraternidade. Mas não cremos que o melhor meio de fazê-los admitidos seja agir com violência. A convicção não se impõe."
Uma doutrina será reconhecida como boa e útil quando fizer homens de bem, "...visto que toda a doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa."

Livre-arbítrio
O livre-arbítrio é uma função do pensamento livre acionado pela vontade. Pode ser obstáculo, pelas predisposições instintivas, que são o acervo que o espírito traz de vidas anteriores. Quanto mais evoluído for o espírito mais facilmente manejará o seu livre-arbítrio, e quanto mais livre para agir mais responsável pelas conseqüências dos seus atos.
Devemos, porém, lembrar a influência que exerce a matéria, representada pelo corpo físico, sobre o espírito, embaraçando-lhe a manifestação, mas não determinando-lhe a ação, que é da responsabilidade exclusiva dele. É como se um raio luminoso fosse opacificado pelo meio que atravessa. É causa de sofrimento para o espírito mais evoluído o contato com a matéria, que lhe impede a livre manifestação, servindo-lhe de limite à ação. O mau funcionamento dos órgãos do corpo físico pode, assim, ser um meio de punições para o espírito, por abusos cometidos anteriormente, que causam alterações perispirituais, correspondentes aos órgãos lesados. "O espírito, porém, sofre por efeito desse constrangimento, de que tem perfeita consciência. Está aí a ação da matéria."
Porém, não exime de responsabilidade e nem serve de desculpa para os atos reprováveis a afirmação de que o indivíduo agiu de maneira equivocada, porque estava sob a ação de qualquer tipo de tóxico (álcool, cocaína, drogas, enfim), pois aí, em vez de uma, comete duas faltas: a de se envenenar voluntariamente e a de agir incorretamente.

Fatalidade
A fatalidade é a conseqüência natural da lei de causa e efeito, quando todos os seus mecanismos amortecedores e compensadores não possam ser acionados, ou já se tenham esgotado, ficando o indivíduo à mercê da resposta inevitável do que tenha gerado.
Também a fatalidade pode ser a expressão da escolha que o próprio espírito faz ao encarnar, como prova física, ficando as chamadas provas morais na dependência do seu livre-arbítrio, em ceder ou resistir, às eventuais pressões que receba. As provas fatais, de uma forma geral, têm a finalidade de resgate para o espírito que se encontra em débito com a lei maior.

"Fatal, no verdadeiro sentido da palavra, só o instante da morte o é. Chegado esse momento, de uma forma ou de outra, a ele não podeis furtar-vos." Isto quer dizer que todos os acontecimentos que o homem, para justificar os seus erros, rotula de fatais, podem ser modificados, com a ação do seu livre-arbítrio, desde que, com a devida antecipação, raciocine e atue de modo a fugir daquilo que lhe pareça já sem solução ou fatal.

A morte como extinção do fluido vital, que aviventa o corpo físico, libertando o espírito para a sua vida noutro plano, é fatal, podendo, no entanto, o seu momento ser modificado, por antecipação ou adiamento, em que múltiplas situações se conjugam. Quando todos estes mecanismos convergem para determinada hora, o homem tem que se render, depois de ter utilizado todos os meios para evitá-la, porque se trata de um fenômeno natural, de passagem de volta para o seu mundo original - o mundo espiritual.
A fatalidade da morte é a manifestação da superioridade do mundo espiritual sobre o material e não como muitos pensam, um desígnio preestabelecido de dia, hora e local, como situação fixa, inamovível e inexorável.

O homem, por mais que faça, jamais conseguirá imortalizar a vida na matéria, porque isso contrariaria a natureza da própria matéria, que é perecível, finita e secundária ao espírito. Com a capa da fatalidade muitos procuram esconder os seus próprios atos, procurando eximir-se da responsabilidade, contudo "... sempre confundis duas coisas muito distintas: os sucessos materiais da vida e os atos da vida moral. A fatalidade, que algumas vezes há, só existe em relação àqueles sucessos materiais cuja causa reside fora de vós e que não dependem da vossa vontade (vide flagelos destruidores, no 8.º caderno). Quanto aos vossos atos da vida moral, esses emanam sempre do próprio homem que, por conseguinte, tem sempre a liberdade de escolher. No tocante, pois, a esses atos, nunca há fatalidade."
Se a fatalidade fosse uma lei que se sobrepusesse à do livre-arbítrio, não haveria, na ação do homem, nem mérito nem culpa, pois não haveria responsabilidade.
Diante da situação de dificuldade geral por que passa o mundo na atualidade, e lembrando que estamos numa época de fecho de ciclo evolutivo da humanidade, recordemos que nós mesmos escolhemos as nossas provas. "... Quanto mais rude ela for, e melhor a suportares, tanto mais te elevarás. Os que passam a vida na abundância e na ventura humana são espíritos pusilânimes, que permanecem estacionários. Assim, o número dos desafortunados é muito superior ao dos felizes deste mundo. Os espíritos, na sua maioria, procuram as pessoas que lhes sejam mais proveitosas. Eles vêem perfeitamente bem a futilidade das vossas grandezas e gozos. Acresce que a mais ditosa existência é sempre agitada, sempre perturbada, quanto mais não seja pela ausência da dor."
Os homens, através da sua imprevidência e da sua luxúria, criam a fatalidade, que a Divindade utiliza para que eles resgatem as suas próprias dívidas.

Conhecimento do futuro
O conhecimento do futuro é vedado ao homem, para lhe permitir a continuidade no trabalho e na esperança, desenvolvendo assim os seus dotes espirituais, porque se conhecesse, por antecipação, o que viria a acontecer, simplesmente acomodar-se-ia, já que tudo estaria traçado e nada poderia modificar.
Quando, porém, ele precisa de executar uma tarefa especial, Deus poderá conceder-lhe esse conhecimento, ou então revelar-lhe o futuro, como uma prova pela qual deve passar.
Se Deus sabe por antecipação que o homem sucumbirá, que falhará nesta ou naquela situação de vida, porque permite tal prova? O fato é que o homem fabrica o seu próprio futuro e tem necessidade de enfrentar a escolha entre o bem e o mal. Em caso de quedas, estas servem para abater o seu orgulho e a sua vaidade, para desenvolver-lhe a humildade, a força de vontade, a constância no trabalho e a sua capacidade de recuperação.
Se conhecesse o futuro em minúcias nada faria para evitá-lo, porque tudo já estaria escrito.
Sofrendo as conseqüências dos seus atos pela lei de causa e efeito, compreende que o futuro será fruto das suas ações e procura então evitar o mal e fazer o bem, que é o único caminho de crescimento espiritual.

Resumo teórico do móbil das ações humanas
O homem jamais é levado fatalmente à prática do mal. Ele, pelas circunstâncias da vida e do meio onde viva, pode encontrar maiores facilidades para a prática do mal, mas, em última instância, sempre tem a liberdade de agir, e o mal realizado sempre estará em relação direta com o nível de consciência em que a ação for praticada.
O conhecimento e a prática das leis que regem o comportamento fazem com que o homem progrida, e que os outros, que estão ligados a si, também progridam, pela influência benéfica que é capaz de transmitir.
A causa determinante dos nossos atos está no nosso livre-arbítrio, ou seja, na vontade livre de escolha, podendo sofrer a influência de espíritos, mas sem haver um arrastamento irreversível, senão uma verdadeira associação de propósitos. "Se dessa luta sai vencedor, ele eleva-se; se fracassa, permanece o que era, nem pior, nem melhor... Na razão da sua elevação, cresce-lhe a força moral, fazendo que dele se afastem os maus espíritos."

Fonte: L.E.Cap.X

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Palestra: O que torna o ser humano infeliz?

Uma das coisas que o homem busca incessantemente desde os primórdios, é a receita para a felicidade. Se entrarmos em uma livraria vamos observar que existem um número imenso de livros em torno do tema felicidade. Na internet curiosamente pesquisamos e observamos que têm mais de 2 milhões de títulos sobre felicidade.



E o Evangelho Segundo o Espiritismo nos esclarece que a felicidade e infelicidade depende exclusivamente do próprio homem. E por estarmos em um planeta de provas e expiações as dificuldades são muitas, mas podemos garantir a nossa felicidade amenizando males à nossa volta e sermos tão felizes quanto se pode ser neste lindo planeta que passa por um processo de regeneração.



(1)O homem é instrumento de sua própria infelicidade e parece esquecer-se da mensagem de amor deixada por Jesus. E o mais profundo de todos os mandamentos que é “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”



Praticando a lei de Deus  evitamos aborrecimentos porque a infelicidade que passamos é fruto de nossos próprios erros.



Quando o homem desvia do caminho do bem e do amor tem como conseqüência dores e lágrimas.



(2)O homem na vida material vive de excessos e acredita que quanto mais coisas ele possuir mais feliz ele será. Esta sempre colocando metas em sua vida que são inatingíveis. Vivemos um momento onde a mídia, influencia o homem e o motiva a consumir e  vemos que pessoas compram coisas que se quer utilizam. A publicidade constante sugere o tempo todo que a felicidade está em torno de possuir “um carrão” , “o celular do último tipo”, “a maior TV de plasma existente”, .... E vamos vivendo de uma forma viciosa onde o TER É MAIS IMPORTANTE DO QUE O SER.



É claro senhores, que vivemos em um mundo material e necessitamos de coisas materiais. Mas ter o necessário para viver em paz e tranqüilo. O que torna o homem infeliz é a busca incessante por todo tipo de excesso.



(3)O homem tem frequentemente deixado a família de lado porque necessita trabalhar cada vez mais para suprir/pagar aquilo que têm adquirido. E crê estar certo disto, o importante é acompanhar o “alto padrão” que a sociedade impõe. E muito frequentemente se frustra porque coisas materiais são perecíveis e ele estará sempre na busca do novo, do último tipo... Vendo-se em dificuldade para acompanhar o “alto padrão” imposto por sua sociedade materialista torna-se infeliz.



(4)O homem pobre crê ser o rico mais feliz mas a Doutrina Espírita nos esclarece ser os dons da fortuna uma prova mais perigosa do que a miséria. E desde quando ter dinheiro significa ser feliz? Já é tempo de mudarmos nossos  pensamentos e vivermos de forma mais simples.

 

E existem inúmeras evidências de que a riqueza não é fonte de felicidade. Todos os dias presenciamos situações que atingem tanto o rico quanto o pobre.



A condição financeira de alguém também depende  de quem a vê; o homem que recebia como salário mensal 20 mil reais e passa a receber 10 mil reais se crê infeliz mas para aquele outro que recebia apenas um salário mínimo 10 mil reais é para ele uma fortuna.


Precisamos olhar mais com mais freqüência para baixo do que para cima ou nossos interesses materiais serão sempre maiores do que realmente necessitamos e temos condições de adquirir. E está aí uma das grandes causas da infelicidade do homem.



(5)A fim de suprir suas necessidades materiais cabe ao homem trabalhar mas sabemos que todo homem nasce com e uma aptidão natural/uma vocação e muitas vezes a vaidade, orgulho e a avareza ou mesmo, crendo que estão fazendo um bem para seus filhos, os próprios pais estimulam os filhos a seguirem caminhos profissionais diferentes do que os filhos realmente gostariam ou têm aptidão (porque dá mais “dinheiro”, “status”) e na maioria das vezes tornam-se maus profissionais levando-os a frustração.



Antigamente era importante para as famílias, que tinham muitos filhos, ter um filho doutor, um filho padre e as filhas deveriam saber cuidar de um lar – estudo não era tão importante. Já ouvi e li algumas histórias de pessoas que se sentiam frustradas por terem seguido caminhos diferentes dos que realmente gostariam... Um padre que largou a batina e casou-se tão logo sua mãe desencarnou, uma senhora que voltou a estudar aos 80 anos a fim de formar-se professora, um médico que se tornou um famoso “Chefe de cozinha” e outros casos curiosos de pessoas que conseguiram realizar-se após meia idade depois que deixaram seus empregos, suas antigas funções justamente para agarrarem-se à suas reais aptidões.



Recentemente um livro que foi recorde de vendas foi “O Monge e o Executivo do autor americano James Hunter” que retrata a vida de um executivo que vive uma experiência interessante em um mosteiro a fim de auto-descobrir-se.



André Luiz no livro “Sinal Verde” insere um capítulo inteiro sobre felicidade e nos da dicas simples e construtivas. Uma mensagem que eu guardo comigo deste singelo livro é a seguinte:



“Quando o céu estiver em cinza,a derramar-se em chuva, medite na colheita farta que chegará do campo e na beleza das flores que surgirão do jardim”



Não importa o que venha acontecendo em nossas vidas, o quanto erramos e o quanto gostaríamos de fazer e acontecer!!!! O momento atual é propício para auto-conhecermos e descobrirmos dentro de nós o que realmente poderíamos melhorar e aprimorar a fim de atingirmos a felicidade. E não esquecermos nunca do grande exemplo da humanidade que foi Jesus que foi um grande vencedor e sua mensagem perdura até os dias de hoje.



(6)Há pessoas que ao perderem seus empregos ficam privadas de todos os recursos não vê senão a morte como saída justamente por desconhecerem a Lei Divina que garante à todos os homens a possibilidade de manutenção de sua vida. O que ocorre é que o homem que tinha um cargo “X” ou “Y” em uma empresa, por ORGULHO não quer sujeitar-se a trabalhar em funções diferentes que para ele seria grande humilhação.



É evidente que a sociedade em que vivemos têm inúmeros preconceitos pelos quais não devemos nos deixar dominar. Lembrando que em uma sociedade organizada segundo a lei do Cristo ninguém deve morrer de fome, Se o homem amasse verdadeiramente seu próximo como ele próprio ele jamais deixaria faltar nada para quem quer que seja... Mas não sejamos hipócritas a ponto de dizer que isto já é possível mas sejamos sim realistas e comecemos nós a fazer a nossa parte... Uma pequena vela é capaz de iluminar a escuridão, plantemos nossa sementinha - certos de que um dia muitas flores haverão de enfeitar nossos caminhos e de outros tantos homens...



(7)Se hoje temos uma visão de que há mais homens sofredores do que homens felizes é justamente porque ainda há grande ausência do bem e do amor. No L.E. ,há um importante ensinamento dos amigos espirituais quando dizem que as torturas da alma são justamente as mazelas que homem carrega consigo como orgulho, avareza, inveja, ciúme e todas as paixões negativas que atingem à todos em menor ou maior proporção.



Gosto muito da frase do filósofo Platão:
 “A maior vitória do homem é vencer a si mesmo”

E se antigamente não havia muita preocupação em auto-conhecer-se hoje já temos dezenas de livros justamente sobre auto-ajuda. Mas a Doutrina Espírita, através do próprio Evangelho Segundo o Espiritismo nos oferece uma fonte inesgotável de sugestões para a construção de um mundo de paz e fraternidade que restabelece o ensino do evangelho de Jesus (traduz as difíceis parábola/máximas para nossa linguagem).



Mas a felicidade trata-se de é uma conquista pessoal, e aquele que não vê felicidade senão na satisfação do orgulho e das paixões torna-se infeliz quando não tem o que almeja, ao passo que aquele que nada pede de supérfluo é feliz.



Em resumo, se o homem procurar se conhecer,  seguir a vida de forma regrada eliminando paulatinamente seus vícios e viver sem excessos certamente estará no caminho certo para a felicidade tão almejada.



E jamais devemos nos esquecer que estamos em freqüente aprendizado e evolução e de que a maior felicidade de todos nós espíritas é a certeza de que somos seres imortais e que estaremos todos juntos em mundos felizes onde a dor e a maldade não mais existe.



Fonte: L.E. Q.920-933 



Muita paz a todos!
Silmara Garcia



quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PORQUE SOU ESPÍRITA


Algumas pessoas me questionam sobre religiosidade e eu respondo sempre que quem inventou religião foi o homem e onde o “racional” põe a mão vira competição, vaidade, ciúmes e tantas outras mazelas que, diga-se de passagem, todos temos um pouquinho disto ou daquilo...

 

Agora imposições, regras, rituais, pecado, inferno, diabo etc, não combina nada com a mensagem deixada por Jesus que somente ensinou amor no sentido mais amplo.
E hoje minha consciência não me permite mais imposições absurdas em nome de uma religiosidade cega.

Acredito que felizmente, por sermos seres pensantes, podemos mudar de opinião à medida que vamos crescendo, evoluindo e aprendendo.
Longe de achar que estamos 100% certos mas convenhamos:
Onde está a prática dos ditos religiosos???
Muito se fala, muito se decora dos escritos e muito se enriquece as custas de  “um cara” que pregou amor e nada mais.

Hoje eu sou Espírita sim, com muito orgulho, mas religiosa não!

O Espírita pratica amor, primeiramente com os mais próximos (pais, irmãos, parentes) depois estende para o grupo que convive.

O Espírita sabe que é imperfeito e procura dar uma lapidada no seu “ser interior”, auto melhorar-se.

O Espírita respeita o vizinho, entende o antagonista mas também sabe que tem muito a aprender.

O Espírita também comete erros, também têm dificuldades pessoais, chora, ri, trabalha, estuda, vive...

Mas o melhor de tudo é que ele sabe que continua sempre e, quando muda de roupa, so leva daqui o que fez de bom ou de ruim mas continua aprendendo, evoluindo, sorrindo, indo e vindo por este lindo caminho....

Beijos
Silmara Garcia

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Carlos Drummond de Andrade

Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido
(mal vivido ou talvez sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser,novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).
Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond

Muita Paz
Silmara Garcia

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O Sábio Rei e a Paz

Um rei ofereceu um prêmio ao artista que pintasse o quadro que melhor representasse a paz. Muitos artistas tentaram. O rei analisou todos os quadros e dois deles chamaram sua atenção. Ele precisou escolher o melhor.

Um quadro retratava um lago sereno. O lago era um espelho perfeito das altas e pacíficas montanhas a sua volta, encimado por um céu azul com nuvens brancas como algodão. Todos os que viram este quadro acharam que ele era um perfeito retrato da paz.

O segundo também tinha montanhas. Mas eram escarpadas e calvas. Acima havia um céu ameaçador do qual caía chuva e brincavam relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma cachoeira espumante. Não parecia nada pacífica.
O rei notou, ao lado da cachoeira, um pequeno arbusto crescendo numa fenda da rocha. No arbusto, uma mãe pássaro havia feito seu ninho. Lá, no meio da turbulência da água feroz, se instalara a mãe pássaro em seu ninho, em perfeita paz.

Qual pintura você acha que ganhou o prêmio?
O sábio rei escolheu a segunda e explicou:

"Paz não significa estar num lugar onde não há injustiças, problemas ou trabalho duro.
Paz significa estar no meio disso tudo e ainda se sentir calmo, no coração. Este é o significado real da paz.”

(Anônimo)