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Espiritism&AllanKardec

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Trabalhadores da Paz

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ANJOS DESCONHECIDOS

Há guardiães espirituais que te apoiam a existência no plano físico e há tutores da alma que te protegem a vida na Terra mesmo.
Frequentemente, centralizas a atenção nos poderosos do dia, sem ver os companheiros anônimos que te ajudam na garantia do pão.

Admiras os artistas renomados que dominam nos cartazes da imprensa e esqueces facilmente os braços humildes que te auxiliam a plasmar, no santuário da própria alma, as obras primas da esperança e da paciência.

Aplaudes os heróis e tribunos que se agigantam nas praças: todavia, não te recordas daqueles que te sustentaram a infância, de modo a desfrutares as oportunidades que hoje te felicitam.

Ouves, em êxtase, a biografia de vultos famosos e quase nunca te dispões a conhecer a grandeza silenciosa de muitos daqueles que te rodeiam, na intimidade doméstica, invariavelmente dispostos a te estenderem generosidade e carinho.

Homenageia, sim, os que te acenam dos pedestais que conquistaram, merecidamente, à custa de inteligência e trabalho; contudo, reverencia também aqueles que talvez nada te falem e que muito fizeram e ainda fazem por ti, muitas vezes ao preço de sacrifícios pungentes.

São eles pais e mães que te guardaram o berço, professores que te clarearam o entendimento, amigos que te guiaram a fé e irmãos que te ensinaram a confiar e servir...

Vários deles jazem agora, na retaguarda, acabrunhados e encanecidos, experimentando agoniada carência de afeto ou sentindo o frio do entardecer; alguns prosseguem obscuros e devotados, no amparo às gerações que retomam a lide terrestre, enquanto outros muitos, embora enrugados e padecentes, quais cireneus do caminho, carregam as cruzes dos semelhantes.

Pensa nesses anjos desconhecidos que se ocultam na armadura da carne, e, de quando em quando, unge-lhes o coração de reconhecimento e alegria.

Para isso, não desejam transfigurar-se em fardos nos teus ombros.

Quase sempre, esperam de ti, simplesmente, leve migalha das sobras que atiras pela janela ou uma frase de estímulo, uma prece ou uma flor.

Emmanuel

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

EXPIAÇÕES E PROVAS

Qual a diferença entre expiação e prova?
Expiação é o resgate imposto pela Justiça Divina a espíritos recalcitrantes.
Prova é o resgate escolhido por espíritos conscientes de seus débitos e necessidades.

Como identificar o espírito em expiação?
Geralmente é o indivíduo que não aceita seus sofrimentos, as situações difíceis que enfrenta, rebelando-se. Atravessa a existência a reclamar do peso de sua cruz.

E o espírito em provação?
Podemos identificá-lo como aquele indivíduo que enfrenta as atribulações da existência de forma equilibrada, aceitando-as sem murmúrios e imprecações. Como um aluno que se submete a exame, tenta fazer o melhor, habilitando-se a estágio superior.

É sempre assim?
Nada é definitivo no comportamento humano, já que exercitamos o livre-arbítrio. Um espírito em provação, que fez louváveis planos para a vida presente, pode refugar o que planejou. Da mesma forma, um espírito em expiação pode experimentar um despertamento da consciência, dispondo-se a enfrentar suas dores com dignidade, buscando o melhor.

Miséria é expiação?
Não é a posição social que determina a natureza das experiências vividas pelo espírito. O homem rico pode estar em processo expiatório, caracterizado por graves problemas. Por outro lado, a extrema pobreza pode ser uma opção do espírito em provação, atendendo a imperativos de sua consciência.

O que há em maior quantidade na Terra: espíritos em provação ou em expiação?
A humanidade é composta por uma maioria de espíritos imaturos, sem o necessário discernimento para planejar experiências. Situando-se nos domínios da expiação.

Dois espíritos vivem a mesma situação aflitiva. Nasceram com grave limitação física. Um está em expiação, outro em provação. O sofrimento é igual para ambos?
Provavelmente aquele que está em provação sofrerá bem menos. Tendo planejado a deficiência que enfrenta, tenderá a aceitá-la melhor. Isso tornará bem mais leve a sua cruz. Rebeldia, inconformação, revolta, desespero, são pesos adicionais que tornam a jornada humana bem mais sofrida.

Quando a Terra deixará de ser um planeta de expiação e provas?
Quando o homem terrestre deixar de ver no Evangelho um mero repositório de virtudes inacessíveis, elegendo-o por roteiro divino para todas as horas, com a invencível disposição de vivenciar seus princípios em plenitude.

Fonte: Livro dos Espíritos / Allan Kardec

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Meditação - Joanna de Ângelis

Reserva-te alguns minutos para a meditação antes de tomar atitudes,
de assumir compromissos.
Os melhores conselhos que recebes são guias e não soluções.
Os teus problemas pertencem-te e a ti cabe solucioná-los.
Transferir responsabilidades para os outros é fugir ao dever.
Como não é justo que te acredites responsável por tudo, também não é correto que culpes os outros por todas as ocorrências infelizes que te
alcancem.
Renovação moral é compromisso para já, e não para oportunamente.
Cada vez que postergas a ação dignificadora em favor de ti mesmo, as
circunstâncias se tornam mais complexas e difíceis.
Em ti próprio estão as respostas para as interrogações que bailam em tua mente.
Aclimata-te ao silêncio interior e ouvirás com clareza as diretrizes para
equacioná-las.
No dia-a-dia aprenderás a te encontrares, se o intentares sempre.
Um dia é valioso período de tempo, cheio de incidentes para serem
resolvidos e rico de oportunidade para elevação pessoal.
Ganha cada momento, fazendo uma após a outra cada tarefa, e
terminarás a jornada em paz.
Reflexiona, portanto, antes de agires, para que, arrependido, não venhas a meditar só depois.

Obra Episódios Diários/Joanna de Ângelis por Divaldo Pereira Franco

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Espiritismo e os Animais

Os Espíritos respondem a Kardec, na questão 540 do O Livro os Espíritos: "... que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo", na questão 609 uma parte da resposta é: "...durante algumas gerações, pode ele (Espírito) conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se opera na natureza por brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos...". E ainda na Codificação, no livro A Gênese, cap. VI, que Allan Kardec se refere sobre a formação dos Espíritos e sua adaptação na matéria: "O Espírito não chega a receber iluminação divina que lhe dá o livre arbítrio e a consciência, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização".

Gabriel Delanne em sua extraordinária obra, A Evolução Anímica, tece considerações sobre os animais, sua inteligência e evolução. No capítulo II (pág. 61 da 4ª edição da FEB), vamos encontrar o seguinte trecho: "Do homem ao macaco, deste o cão; da ave ao réptil e deste ao peixe; do peixe ao molusco, ao verme, ao mais ínfimo dos colocados nas fronteiras extremas do mundo orgânico com o mundo inanimado, nenhuma passagem é brusca...Nesta hierarquia dos seres, o homem reivindica o primeiro lugar a que tem direito, mas isso não o coloca fora da série, e quer simplesmente dizer que ele é o mais aperfeiçoado dos animais".

Sabemos que os animais possuem não apenas a inteligência, mas também o instinto e a sensibilidade e considerando o axioma que diz que todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, temos o direito de concluir que a alma animal é da mesma natureza que a humana, apenas diferenciada no desenvolvimento gradativo.

Gabriel Delanne amplia ainda em seu livro, na questão 594: "Os animais têm linguagem?", e a resposta dos Espíritos a esta pergunta de Kardec foi: "- Se pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não, mas em um meio de se comunicarem entre si, então, sim. Eles se dizem muito mais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as próprias idéias, às suas necessidades". Delanne descreve o exemplo do cão doméstico, diferente dos seus ancestrais selvagens, pois pelo processo das sucessivas reencarnações evolui, e recebendo do homem carinho e atenção age diferencialmente, aliás, Delanne cita: "Erasmus Darwin* nota que nos cães domésticos temos o latido da impaciência, como se dá em caçadas; o da cólera, um rugido; o uivo desesperado do prisioneiro e finalmente o da súplica, para que lhe abra a porta".

Eles usam a inteligência e a reflexão, não são apenas instintos no momento de apanhar a presa. Alguns sofrem muito quando abandonados por seus donos.

Algumas pessoas imaginam que admitir tal princípio equivale a rebaixar a dignidade humana.

Entretanto, não temos o que perder com esse paralelo a nós favorável, visto que é incontestável que um dado animal não pode nem poderá jamais encontrar a lei das proporções definidas, ou escrever uma peça teatral. Trata-se, simplesmente, de assentar que se o homem é mais desenvolvido que o animal nem por isso deixa de ser uma verdade que a sua natureza pensante é da mesma ordem, em nada difere essencialmente, e sim, apenas, em grau de manifestação.

*Erasmus Darwin - 1731-1802 - avô do naturalista Charles Darwin, escreveu o livro Zoonomia. Foi um dos mais notáveis médicos ingleses do seu tempo.

por Ana Gaspar


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ORAÇÃO A NOSSO FAVOR


"É indispensável compreender que a oração opera uma verdadeira transfusão de plasma espiritual, no levantamento de nossas energias".
Padre Eustáquio por Chico Xavier

Dentre os inúmeros benefícios da oração, a palavra do Mensageiro de Luz, que na última encarnação prodigalizou inúmeras curas, destaca a ocorrência da transfusão de energias espirituais que se dá no momento da prece. Equivalente ao processo de transfusão sanguínea, nós recebemos, no instante da oração, o que o Benfeitor chama de "plasma espiritual".

No plasma sanguíneo se encontram os glóbulos vermelhos, e o volume abaixo do normal desses glóbulos pode levar uma pessoa a ter anemia. Poderemos assim concluir que, no plasma espiritual, também encontramos substâncias que irão aumentar reservas de forças energéticas para superarmos nosso padecimentos. Guardadas as devidas proporções, poderíamos afirmar que a prece é um poderoso suplemento vitamínico.

As dificuldades do dia-a-dia acostumam operar um desgaste de nossas energias.

A preocupação, o medo, a aflição, a ansiedade e o desespero são como grandes válvulas por onde nossas reservas de força costumam se desvanecer. Ocorre uma espécie de "hemorragia magnética". Isso explica o motivo pelo qual nos sentimos abatidos e desanimados quando enfrentamos uma determinada situação mais estressante. Vejamos como uma pessoa chega a envelhecer depois de atravessar uma fase de provações. Até os cabelos embranquecem, quando não caem. Perda de energia vital que a prece poderia repor.

A oração é o posto de abastecimento de nossas energias. É o momento de renovação de nossas forças. É o instante em que Deus fala conosco e nos supre dos nutrientes espirituais necessários ao nosso revigoramento. Quem ora é mais forte, quem ora é mais sábio, quem ora está mais perto de Deus, e, portanto, mais perto de equacionar seus padecimentos.

Que tal você deixar que o Pai lhe dê agora o alimento de que você está necessitando? Entre logo nessa conexão divina e esteja on-line com Deus, em todos os lances de sua vida, e cure rapidamente essa anemia espiritual.

Livro: Minutos com Chico Xavier-José C.De Lucca

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

QUEM SÃO OS OBSESSORES?

O termo obsessor anda bem em voga ultimamente. E o que não faltam são locais realizando rituais para os obsediados livrarem-se destas malignas forças que tanto atrasam a vida de quem por elas é tomado. Os rituais são celebrados em seguimentos dos mais distintos que vão desde as Igrejas Universais até os Terreiros de Umbanda, desde as Irmandades Espiritualistas até os Centros Esotéricos, enfim, em todo lugar tem sempre alguém sendo obsediado e alguém expulsando este obsessor.
Interessante nesta história, é que geralmente as pessoas que são vítimas destes obsessores, passado um tempo livre deles, tem que retornar ao local de onde deles se livraram para novamente, repetir o processo de limpeza. Sinal que existe entre a pessoa e o obsessor uma relação bem estreita. E aí vem a pergunta: uma vez livre deste obsessor, porque este volta?
De certo volta, pois a pessoa não sai da sintonia, ou seja, a pessoa se limpa, mas não muda o principal que é suas atitudes e comportamentos para consigo e para com a vida.
Como dizia Einstein, tolice é querer que através da repetição de um mesmo processo, algo diferente ocorra.
Ora, se ao invés da pessoa ficar culpando obsessores por tudo que de ruim lhe acontece, passasse a questionar a si mesmo e mudasse sua maneira de agir, de pensar, de viver, talvez as coisas melhorassem efetivamente em sua vida.
É muito simples colocar a culpa das mazelas de nossa vida em forças malignas. Difícil é nós aceitarmos que somos senhores de nossos destinos e se as coisas não andam bem, assim não andam por culpa nossa e não de forças estranhas.
Não que eu não creia em energias negativas que se elaboram por aí, nem poderia não crer, mas daí a aceitar que as pessoas fiquem a mercê de tais forças e se lamentando da vida e toquem de ir para Igreja, Terreiro, Centros, sinceramente...
Como diz a velha frase: sorte tem quem acredita nela...
Pois eu digo: obsessores são companheiros de quem com eles se sintonizam. O tempo que ficam se preocupando em se limpar de obsessores, deveriam se ocupar em limpar suas consciências e uma vez limpas, poderem dormir toda noite com esta tranqüila, pois nada fizeram durante o dia para temer a Lei do Retorno.
Além do que, ficar falando de obsessores só reforça esta Egrégora nebulosa e rasteira e nada contribui para o bem estar de ninguém.
Daí creio que seja interessante refletirmos e de vez de buscarmos nos livrar de obsessores que estão fora de nós, buscar nos livrarmos dos obsessores que estão dentro de nós, na forma de invejas, rancores, ódios, arrependimentos, mágoas, e outros fantasmas que não fazem bem a alma.
Autor: Fernando Martins

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Espiritismo no Brasil

Ao longo do tempo, o Brasil consolidou-se como maior nação espírita do mundo.

No século XIX, encontramos diferentes relatos sobre pessoas que, sem conter nenhum conhecimento médio específico, indicavam receitas médicas para pessoas adoentadas. Conhecidos como “médins receitistas” ou “médiuns curadores” esses indivíduos tinham uma função diferente dos conhecidos curandeiros. Alegando contar com o auxílio de poderosas entidades espirituais, desvencilhadas de outras religiões, essas pessoas alegavam a presença de espíritos que intervinham no mundo material.
Tal manifestação religiosa tinha grande proximidade com a obra do francês Allan Kardec, que em 1857, sistematizou o conhecimento da doutrina espírita em sua obra “O livro dos espíritos”. Em pouco tempo, já na década seguinte, os primeiros exemplares desta obra apareceram em solo brasileiro. Concomitantemente, os primeiros grupos espíritas brasileiros tomavam forma.
Um dos primeiros e mais famosos entusiastas da nova prática religiosa foi Bezerra de Menezes, que ao converter-se à nova crença acreditava estar vivenciando o ápice da fé cristã. Essa figura histórica do espiritismo brasileiro abraçou a nova religião influenciada pela vivência com o médium João Gonçalves do Nascimento, que praticava curas na cidade do Rio de Janeiro.
A grande aceitação da prática espírita se deve à sua capacidade de articular elementos cultos e populares, onde uma pessoa de origem simples poderia incorporar figuras de prestígio. Muitos dos adeptos daquela época insistiam em assinalar como a nova religião andava em acordo com os princípios liberais e científicos em voga no período. Um exemplo claro dessa associação pode ser vista no fato de muitos republicanos e abolicionistas simpatizarem com o espiritismo.
No entanto, a nova religião sofreu grande oposição em um contexto histórico onde o catolicismo tinha grande presença. Nos códigos de lei da época e no receituário de alguns psiquiatras, o espiritismo era considerado uma manifestação de insanidade mental. A forte oposição sofrida foi combatida no momento em que, em 1884, foi criada a Federação Espírita Brasileira. O trabalho de reconhecimento feito pela FEB tratava de sistematizar as práticas e doutrinas arraigadas pela nova confissão religiosa.
O crescimento da doutrina espírita no Brasil ganhou novo fôlego, principalmente, ao surgimento de uma figura emblemática dessa religião: o médium Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier. Por meio de suas obras psicografadas, passou a popularizar ainda mais o espiritismo. Entre suas obras, podemos destacar “Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho”, onde ele narra a intervenção dos espíritos em diferentes acontecimentos da história nacional.
Ao longo do tempo, o espiritismo foi ganhando maior prestígio junto a diferentes classes e instituições. Um dos itens para explicar a maior aceitação do espiritismo se dá pela sua política assistencialista. A caridade, sendo ponto fundamental do espiritismo, acabou trazendo uma visão positiva sobre essa fé aproximada da razão.
Nas últimas décadas, o papel do Brasil frente aos rumos tomados pela doutrina espírita foi notório. Uma das mais interessantes afirmações desse papel central pode ser visto no fato de que pessoas de outras denominações simpatizam com o espiritismo. Talvez por isso, podemos compreender o porquê o Brasil é, e ao mesmo tempo, tem o maior contingente de praticantes do espiritismo e de denominações apáticas a essa mesma crença.

Por Rainer Sousa
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Os antagonistas do Espiritismo


É muito comum afirmarem que ser espiritualista é a mesma coisa que ser espírita. Aqueles que assim pensam dão prova de que desconhecem os fundamentos da Doutrina Espírita. Há outros que, ao serem interrogados sobre a religião a que pertencem, embora sejam espíritas militantes, vacilam e afirmam-se espiritualistas.
Ou desconhecem a diferença que há entre a Doutrina Espírita e as doutrinas espiritualistas ou temem confessar a qualidade de espírita convicto. Deixemos bem claro que espiritismo tem sentido filosófico por trabalhar a essência do ser, científico por fazer inovações dentro de seus conceitos a partir de novas descobertas e religião não no sentido místico da palavra, mas, no ideal maior que é LIGAR-SE com a causa primária de todas as coisas a qual chamamos DEUS!
É preciso que se saiba que "todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todos os espiritualistas são espíritas”. Embora seja a Doutrina Espírita uma doutrina espiritualista, por excelência, é necessário fazer-se distinção das demais correntes espiritualistas. Muitas seitas e religiões espiritualistas são confundidas como sendo parte da Doutrina Espírita por admitirem a existência da vida após a morte, mas ainda mantêm rituais, cerimônias e adoção de imagens e a Doutrina Espírita é essencialmente baseada nos livros codificados por Allan Kardec que não têm qualquer tipo de ritual e menos ainda não adota nenhuma imagem ou ídolo.
Ficamos realmente bastante surpresos quando ainda ouvimos alguns antagonistas do espiritismo afirmarem que idolatramos A.Kardec ou mesmo que fazemos evocações ao tão temido “diabo” - tão divulgado em algumas religiões. É uma pena que alguns, por não conhecerem a essência do espiritismo, ainda o critiquem.
Nós espíritas apenas procuramos seguir o exemplo do nosso querido mestre Jesus, considerado por nós o espírito mais iluminado que já esteve em nosso planeta, praticamos a caridade no sentido mais amplo procurando seguir o mandamento maior “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Espíritas mantêm suas dependências com doações, todos os trabalhadores são voluntários e não são remunerados, não pedimos dízimo nem impomos nada a ninguém, não há cobrança de nada tão pouco não existe ninguém que tenha como profissão o Espiritismo. Os espíritas são pessoas comuns que têm seus trabalhos remunerados, suas famílias e vivem na sociedade como qualquer outro.
Para conhecer a Doutrina Espírita na sua essência é necessário ler os Livros codificados por Allan Kardec e aprender que o verdadeiro espírita é somente aquele que pratica da caridade, respeita as diferenças e procura amar ao próximo assim como ensinou nosso querido Rabi da Galiléia !
Afinal das contas Jesus não criou religião alguma... Apenas amou!

Silmara Garcia

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O que acontece após a morte?

No instante da morte a alma volta a ser Espírito, retornando ao estado espiritual, seu lugar de origem, conservando a sua individualidade e seu perispírito.  Em sua nova situação, a alma vê e ouve ainda outras coisas que escapam à grosseria dos órgãos corporais. Tem, então, sensações e percepções que nos são desconhecidas. Aí conserva a sua individualidade, continua sendo ele mesmo, com seus defeitos e virtudes; continua a ter o envoltório que lhe é próprio, tomado na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação. Tomando-se por base a pluralidade das existências, a individualidade seria a consciência global, sem ponderar o tempo, um acúmulo de experiências morais que são a base da formação do Espírito. Nada leva consigo deste mundo, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança doce ou amarga, conforme o uso que fez da vida. Leva os valores morais que conquistou.

Uma das maiores provas da individualidade da alma, depois da morte, temos nas comunicações que dela recebemos. Nessas comunicações existem particularidades que nos possibilitam reconhecer o comunicante. Se não fosse assim todas as comunicações que recebemos do mundo invisível seriam iguais, não importando o grau de evolução do Espírito. " Para os espíritas a alma não é mais uma abstração, tem um corpo etéreo que faz dela um ser definido, que o pensamento abarca e concebe; já é muito para fixar as idéias sobre a sua individualidade, suas aptidões e percepções......

A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim, a todas as peripécias da vida de além-túmulo. Eis aí por que os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de serenidade nos seus últimos momentos sobre a Terra. Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta; sabem que a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o despontar do Sol após uma noite de tempestade. Os motivos dessa confiança decorrem, outrossim, dos fatos testemunhados e da concordância desses fatos com a lógica, com a justiça e bondade de Deus, correspondendo às íntimas aspirações da Humanidade.  A lembrança dos que nos são caros repousa sobre alguma coisa de real. Não se nos apresentam mais como chamas fugitivas que nada falam ao pensamento, porém sob uma forma concreta. Além disso, em vez de perdidos nas profundezas do Espaço, estão ao redor de nós; o mundo corporal e o mundo espiritual identificam-se em perpétuas relações, assistindo-se mutuamente."
E é uma grande alegria para nós a certeza de que somos imortais e brevemente nos encontraremos em mundos felizes onde a dor e a maldade serão  mera ficção!!!

Iniciação ao Espiritismo - Therezinha Oliveira
Obras Básicas da Codificação - Allan Kardec

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Livre Arbítrio

Cada espírito, encarnado ou desencarnado, tem o poder de fazer o que bem entender de sua vida: um direito dado por Deus a todos os seus filhos.
Todos os espíritos foram concebidos simples e ignorantes, tendo a eternidade para retornar ao Criador, puros e experientes, pois uma das poucas coisas que todos os seres almejam é ser feliz.
“Muitos são os chamados e poucos os escolhidos”, pois a escolha quem faz não é Deus, e sim cada um de nós.
O ditado correto é:
“Muitos são os chamados, mas poucos se fazem escolhidos.”
Livre-arbítrio quer dizer que somos responsáveis pela nossa vida, que temos, em nossas mãos, as “rédeas” de nosso destino. Isso nos tira completamente a responsabilidade sobre a vida e as decisões de outras pessoas, mas nos deixa inteiramente responsáveis pelas nossas.
Temos o poder de “plantar” o que quisermos em nossa vida, deixando-nos conscientes de que tudo que nos acontecer é a “colheita” do que fizemos de bom e de ruim para nós mesmos e para os outros, nesta e em outras vidas; não como punição divina, mas como uma alavanca de evolução espiritual, baseada no principio da ação e reação.
Se o livre-arbítrio nos deixa responsáveis somente pela nossa vida, nos traz grande paz saber que não está em nossas mãos o destino de outra pessoa, mesmo que seja um familiar ou amigo, porque eles também têm o próprio livre-arbítrio.
Partindo desse principio lógico, não se ajuda quem não quer ajuda, não se encaminha para a luz aqueles que querem as trevas.
Por mais triste que seja ver uma pessoa querida cometendo erros, perdendo-se em vícios físicos e mentais, sempre se volta ao ponto de partida: o livre-arbítrio.
Os conhecimentos e ensinamentos estão em todos os lugares, basta procurá-los; mas a maioria prefere aprender sobre a vida “quebrando a cabeça”, ao invés de usar os ensinamentos deixados por Cristo para evoluir.
O mundo não tem de mudar para você estar de bem com você mesmo.
Quando você muda para o mundo, o mundo muda para você.
Algumas pessoas conseguem enxergar e tirar o que há de bom nas outras.
Outras somente enxergam os defeitos e o que há de ruim.
A maioria fica torcendo para que os outros não “melhorem de vida”, ao invés de tentar melhorar suas vidas, porque não querem ter o termo de comparação: fulano está bem e eu não.
Ninguém faz você infeliz sem o seu consentimento, pois a vida é feita de escolhas. Assim use o seu livre-arbítrio para ser feliz e buscar a sua paz.
Pense no Universo como uma grande escola, em que cada planeta é uma série e onde você tem de “passar de ano”, onde alguns passam e outros têm de repetir.
Cada um tem o livre-arbítrio de querer ser “um aluno dedicado ou não”. Isso não quer dizer que cada espírito tenha de passar por todos os planetas. Existem vários planetas com o mesmo nível de evolução.
Com o livre-arbítrio, cada um leva a vida que quer, do jeito que bem entender, mas também vai colher tudo o que plantar.
A vida é terra fértil.

Livro dos Espíritos - Allan Kardec
Depois da Morte - Léon Denis

sábado, 28 de novembro de 2009

Evolução e Reencarnação


No Universo, tudo é movimento, tudo é vibração, tudo é energia, absolutamente nada é estático.
Os seres, após sua  criação,  habitaram um universo aparentemente caótico.
Com a vida adquirem experiência e consciência, porque, desde o início de sua existência nunca pararam de evoluir.
O espírito “dorme” no reino mineral, “sonha” no reino vegetal, “desperta” no reino animal e ganha consciência no Homem.
Em cada reino, existe uma escala evolutiva.
No reino mineral, há a evolução do carvão para o diamante.
No reino vegetal, desde o fungo até o girassol.
No reino animal, do molusco ao macaco.
Assim também acontece no reino “Hominal”. Nele, cada indivíduo está em um degrau de evolução. Por isso a dificuldade dos Humanos em viver juntos e de uma idéia ser igualmente entendida por todos.

O espírito vive uma série de experiências em incontáveis encarnações que o levam a compreender a criação divina, mas precisa da fórmula de contraste inverso para apreciar o equilíbrio, pois teve o desequilíbrio como comparação; precisou da tristeza e da doença para dar valor ao amor e à saúde.

Vive varias situações em que, por ignorância ou inexperiência, produziu sofrimento.
A saturação do sofrimento faz com que o ser humano mude, porque mostra a ele o resultado das escolhas e as conseqüências de seus atos.
Com essa compreensão, ele tem a base para, refletindo sobre as experiências vividas, tem a chance de continuar a evoluir.
A vida é o processo que o espírito vive para acrescentar entendimento à sua compreensão da criação divina; é a passagem da fragilidade da inocência para a fortaleza produzida pelas experiências que geram a compreensão da vida e do universo.

A ignorância produz medo, agressões e tristeza, que são vividas e compartilhadas com outras pessoas que precisam produzir experiências similares.
O destino organiza as circunstâncias, os lugares e as relações interpessoais de que cada pessoa tem necessidade de viver, são as dificuldades impostas pela vida, que, por opção, cada um escolhe viver ou não.

O planeta Terra está em constante mudança em todos os campos.
A humanidade está evoluindo na ciência e na tecnologia, mas, infelizmente,  evolui muito lentamente na sua moralidade e espiritualidade.

A humanidade, na sua maioria, desde a primeira raça a encarnar no planeta, vem buscando o materialismo e deixando para trás os verdadeiros objetivos da criação de Deus, que são os de nos tornarmos espíritos melhores, mais amorosos, humildes e verdadeiros, vibrando somente amor em nossas mentes, ou seja, a evolução da consciência.

Todavia o desejo do Homem por poder e a ganância pela riqueza transformaram a humanidade no que ela é hoje.
Algumas religiões dizem que só se nasce uma vez na Terra e que, após morrermos, teremos eternamente o “céu” ou o “inferno”.

Porém, se Deus é amor, paz, fraternidade e quer a todos nós igualmente, como Ele pode, sendo justo, fazer nascer um filho pobre e outro rico, um aleijado e outro são? E, pior, como uma mãe ou um pai irá para o “céu” em paz, vendo seu filho ir para o “inferno” eterno? Assim, ou Deus não é justo, ou há uma interpretação errada das leis universais.
Deus é onipresente, onipotente e justo, são os terráqueos que não entendem os objetivos de Sua criação.

O Criador nos deu um tempo infinito e a possibilidade de várias encarnações para evoluir, com inúmeras oportunidades aqui e em outros planetas, para alcançar a perfeição moral e futuramente deixar de ser alunos, para ser professores, compartilhando com Ele Sua criação.

Nós teremos a oportunidade, juntamente com todos aqueles a quem fizemos mal, e vice-versa; para reparar os erros do passado, com acertos no presente, criando um futuro harmônico; para que um dia possamos ser dignos de ser chamados filhos de Deus.
Não tenha a idéia errada de que “fulano está aqui, pagando o que fez”! Ninguém está pagando ou recebendo, pois a Terra não é instituição financeira.

Todos estão aprendendo e evoluindo. Cada um escolhe o caminho pelo qual quer evoluir, se pelo amor ao próximo e a Deus ou pela dor.
Deus não deixa seus filhos rebeldes para trás, vindo a dor em seu auxílio, como uma placa de “cuidado” em uma estrada perigosa, porque toda dor física, moral ou espiritual é um sinal de alerta, indicando que algo está errado em sua vida, que você precisa descobrir o que é, e mudar.

Neste começo de milênio, o planeta de vocês está passando por um processo de mudança no seu campo energético.
Durante esse processo de evolução, estarão se manifestando, simultaneamente, o “céu” e o “inferno” sobre a Terra.

As leis e as regras sociais não serão respeitadas. Praticamente todos irão exteriorar o que realmente são.
Os sinais do apocalipse serão evidentes, e nesse momento, será clara a “separação do joio e do trigo”.
Durante essas mudanças no globo, haverá dois grupos distintos, um que quer evoluir espiritualmente, e outro grupo que não quer evoluir.
O grupo que não quer evoluir será expurgado (em espírito) do planeta e será levado para outro planeta com características semelhantes às da Terra há alguns milhares de anos, para continuar sua evolução.

O grupo que quer evoluir continuará a habitar a Terra, viverá em um planeta mais “adulto” do que o atual onde reinará a paz e a harmonia; cada um será responsável pelos seus atos, não haverá necessidade de órgãos fiscalizadores e corretores como a policia e o exército.

Essa forma de mudança difere do que aconteceu com algumas civilizações extintas como os Maias, Incas, Astecas, Sumérios, parte dos Egípcios e Caldeus – povos descendentes dos Atlantis, que foram levados, ainda encarnados para outros planetas a fim de continuar seu aperfeiçoamento, por serem muito mais desenvolvidos espiritualmente do que o resto dos habitantes da Terra, deixando de ser compatíveis com o nível energético do planeta.

Agora, ao contrário do que ocorreu antes, os “maus” é que serão exilados do planeta, porque a Terra estará subindo mais um degrau na evolução divina.
As mudanças geológicas e geográficas que ocorrem no Planeta Terra são cíclicas, promovidas por forças externas, como alterações no Sol ou aproximação / colisão de cometas ou asteróides, que, através de seu eletro-magnetismo, alteram a configuração dos continentes e oceanos.

Todas as civilizações antigas têm registros históricos dessas mudanças globais cíclicas que ocorrem, mas que, com o passar dos anos, tornam-se lendas, e caem no esquecimento. Os geólogos e arqueólogos têm essas mudanças bem documentadas.
O tempo esta-se esgotando, aproveite para viver em paz e feliz.
O tempo pode ser seu “amigo ou inimigo”, depende da forma como você o trata.
O tempo é linear, o que muda é a nossa percepção. Parece estar “lento” quando estamos tristes e “rápido” quando estamos felizes.
Tudo depende do ponto de vista do observador – você!
Embora a vida seja eterna, use o tempo desta encarnação para resolver seus problemas e as pendências com os outros.

Crie em sua vida um estado constante de tranqüilidade, sempre preparado para as mudanças que podem correr em sua vida, fazendo com que o restante de seu tempo na Terra seja feliz.

LivroNão Estamos Sós – Everson Pacheco

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Ação e Reação

O físico Issac Newton cita na sua terceira lei:

“Um corpo exerce uma força sobre outro corpo, este último reage com uma força contrária de igual intensidade”.

Newton estava codificando a lei da ação e reação. Assim com na física, existe no Universo a lei da causa e efeito ou a lei do retorno ou a lei do olho por olho e dente por dente ou, ainda, a lei do “aqui se faz aqui se paga”, enfim, vários nomes para se definir a lei da ação e reação.
Tanto o livre-arbítrio como a lei da ação e reação são as bases para a formação do carma, visto que, quando você usa o seu livre-arbítrio, produz uma ação que culminará em uma reação futura, resultando em algo bom ou ruim, de acordo com os seus atos e pensamentos do passado.
Uma vez que todos os seres humanos têm o livre-arbítrio de fazer o que quiserem de suas vidas, existe a lei universal da ação e reação para que não abusemos dessa liberdade de agir, tanto em relação a nós mesmos, como em relação aos outros.
A lei da ação e reação é a base para a evolução, pois, sem ela, a humanidade não teria por que progredir e se respeitar.
Toda ação gera uma reação, é como olhar em um espelho: se você olha com a cara feia, verá uma cara feia, se você olha com a cara boa, verá um sorriso.
Todo pensamento é uma ação que gera uma reação energética boa ou ruim. Essa energia emitida por você irá de encontro ao seu destino ou destinatario, e retornará mais forte para você, criando um círculo vicioso.
Exemplo: se você tem raiva de uma pessoa e emite um pensamento ruim, ao receber esse pensamento ruim, ela o devolve com uma intensidade mais forte, fazendo com que essa energia aumente numa escala de 1, 2, 4, 8, 16, 32..., sempre dobrando, pois agrega sua energia à dela.
Mas, se você emite um pensamento ruim e a outra pessoa, por não ter raiva, não revida o pesamento ruim emitido, a corrente energética ruim é quebrada e não se propaga. Os bons pensamentos acontecem da mesma forma na mesma escala.
A vida é terra fértil.
Se você planta chuva, colhe tempestade. Se plantar raiva, colherá ódio, mas, se plantar alegria e bondade, colherá amor e paz.
Cabe a cada um escolher em qual faixa energética quer viver. Tudo na vida depende da energia que emanada, pois ela atrairá uma energia, igualmente proporcional, ou seja, atrairá pessoas e espíritos com os mesmos pensamentos, os mesmos objetivos e as mesmas intenções.
A lei da ação e reação também é valida em relação ao seu corpo; as doenças podem manifestar-se através da autodestruição (suicídio) da mente e do corpo, e se manifestam, também, nas pessoas que não tratam bem o seu corpo.
Exemplo: um alcoólatra que tem o corpo perfeito, usa excessivamente o álcool, destrói sua sanidade física e mental.
Uma pessoa saudável que destrói seu corpo através de abusos alimentares constantes e adquire “gota” ou diabetes, e mesmo assim não faz dieta, esta cometendo suicídio.
Outra pessoa que constantemente sente raiva, ansiedade e preocupação, tem grande predisposição para manifestar alguma doença, pois não está cuidado da sua mente.
As forças do universo apóiam em tudo que você faz.
Se você trata a vida com fartura e desprendimento, Deus lhe dará sempre recursos para ajudar você e os outros.
Se você tem uma vida mesquinha, Deus não lhe dará recursos, pois, como você não usa o pouco que tem, não precisa de mais.
A vida o trata do mesmo jeito que você trata ela.
É como jogar uma bola na parede: se você joga uma bola verde, volta para você uma bola verde, se você joga duas bolas amarelas, voltam para você duas bolas amarelas.

“Tudo nos volta, em forma de dor ou alegria, como troco das coisas que demos aos outros, um dia.”

Livro: Não Estamos Sós – por Everson Pacheco

sábado, 21 de novembro de 2009

O QUE É ESPIRITISMO?

Fala-se muito em Espiritismo, mas quase nada se sabe a seu respeito.

Kardec afirma, na introdução de "O Livro dos Espíritos", que a força do Espiritismo não está nos fenômenos, como geralmente se pensa, mas na sua "filosofia", o que vale dizer na sua mundividência, na sua concepção da realidade. Mas de onde vem essa Concepção? Como foi elaborada.

Os adversários do Espiritismo desconhecem tudo a respeito e fazem tremenda confusão. Os próprios Espíritas, por sua vez, na sua esmagadora maioria estão na mesma situação. Por quê? É fácil explicar. Os adversários partem do preconceito e agem por precipitação. Os espíritas, em geral, fazem o mesmo: formulam uma idéia pessoal da Doutrina, um estereótipo mental a que se apegaram. A maioria, dos dois lados, se esquece desta coisa importante: o Espiritismo é uma doutrina que existe nos livros e precisa ser estudada.

Trata-se, pois, não de fazer sessões, provocar fenômenos, procurar médiuns, mas de debruçar o pensamento sobre si mesmo, examinar a concepção espírita do mundo e reajustar a ela a conduta através da moral espírita.

Assim, temos alguns dados: o Espiritismo é uma doutrina sobre o mundo, dá-nos a sua interpretação e nos mostra como nos devemos conduzir nele. Mas como nasceu essa doutrina, em que cabeça apareceu pela primeira vez? Dizem que foi na de Allan Kardec, mas não é verdade. O próprio Kardec nos diz o contrário. Os dados históricos nos revelam o seguinte: o Espiritismo se formou lentamente através da observação e da pesquisa científica dos fenômenos espíritas, hoje, parapsicologicamente, chamados de fenômenos paranormais. Os estudos científicos começaram seis anos antes de Kardec, nos Estados Unidos, com o famoso caso das irmãs Fox em Hydesville. Quando Kardec iniciou as suas pesquisas na França, em 1845, já havia uma grande bibliografia espírita, com a denominação de neo-espiritualista, nos Estados Unidos e na Europa. Mas foi Kardec quem aprofundou e ordenou essas pesquisas, levando-as às necessárias conseqüências filosóficas, morais e religiosas.

"O Livro dos Espíritos" nos oferece a súmula do trabalho gigantesco de Kardec. Mas se quisermos conhecer esse trabalho em profundidade temos de ler toda a bibliografia kardeciana: os cinco volumes da codificação doutrinária, os volumes subsidiários e mais os doze volumes da Revista Espírita, que nos oferecem o registro minucioso das pesquisas realizadas na Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas. E precisamos nus interessar também pelos trabalhos posteriores de Camille Flammarion, de Gabriel Dellane, de Ernesto Bozzano, de Léon Denis (que foi o continuador e o consolidador do trabalho de Kardec).

Veremos, assim, que Kardec partiu da pesquisa científica, originando-se desta a Ciência Espírita; desenvolveu, a seguir, a interpretação dos resultados da pesquisa, que resultou na Filosofia Espírita, tirou, depois, as conclusões morais da concepção filosófica, que levaram naturalmente à Religião Espírita. É por isso que o Espiritismo se apresenta como doutrina de tríplice aspecto. A Ciência Espírita é o fundamento da Doutrina. Sobre ela se ergue a Filosofia Espírita. E desta resulta naturalmente a Religião Espírita. Muitas pessoas se atrapalham com isso e perguntam: "Como uma doutrina pode ser ao mesmo tempo Ciência, Filosofia e Religião?" Mas essa pergunta revela a ignorância do processo gnoseológico. Porque, na verdade, o conhecimento se desenvolve nessa mesma seqüência e em todas as formas atuais de conhecimento repete-se o processo filogenético.

No Espiritismo, porém, esse processo aparece bem preciso, bem marcado por suas fases sucessivas, entrosadas numa seqüência lógica. Podem alguns críticos alegar que Kardec não partiu da pesquisa, mas da crença. Alguns chegam a afirmar que foi assim, que ele já acreditava nas comunicações espíritas antes de iniciar o seu trabalho de investigação. Mas essa afirmação é falsa, a suposição é gratuita. Basta uma consulta às anotações intimas de "Obras Póstumas" e às biografias do mestre para se ver o contrário. Quando lhe falaram pela primeira vez em mesinhas falantes, Kardec respondeu como o fazem os céticos de hoje: "Isso é conversa para fazer dormir em pé". Só deixou essa atitude cética depois de constatar a realidade dos fenômenos. Então pesquisou, aprofundou a questão e levou-a às últimas conseqüências, como era, aliás, de seu habito, do seu feitio de investigador. Charles Richet lhe faz justiça (embora discordando dele) em seu Tratado de Metapsíquica.

Encarando a obra de Kardec pelo seu aspecto científico, sem os preconceitos que têm impedido a sua justa avaliação, ela nos parece inatacável. Alega-se que o seu método de pesquisa não era científico, mas foi ele o primeiro a explicar que não se podiam usar na pesquisa psíquica os métodos das ciências fisicas. O desenvolvimento da Psicologia provaria, mais tarde, que Kardec estava com a Razão. Hoje, as pesquisas parapsicológicas o confirmam. No tocante ao aspecto filosófico, o desenvolvimento atual das investigações mostram a posição acertada do Espiritismo como doutrina assistemática, "livre dos prejuízos de espírito de sistema", como declara "O Livro dos Espíritos", utilizando a conjugação dos métodos indutivo e dedutivo para o esclarecimento da realidade em seu duplo sentido: o objetivo e o subjetivo. A Filosofia Espírita se apresenta como antecipação das conquistas atuais do campo filosófico e abertura de perspectivas para o futuro.              (Herculano Pires - 25/09/1914-09/03/1979)

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

FAMÍLIA: VISÃO SOCIAL E ESPIRITUAL

Sobre família  encontramos uma excelente passagem Bíblica em Mateus (C12-V46):
“Enquanto Jesus ainda falava às multidões, estavam do lado de fora sua mãe e seus irmãos, procurando falar-lhe.
- Disse-lhe alguém: Mestre, eis que estão ali fora tua mãe e teus irmãos, e procuram falar contigo.
- Jesus, fitando o seu interlocutor com aquele olhar doce e sereno respondeu: Quem é minha mãe? E quem são meus irmãos?
- E, estendendo a mão para os seus discípulos disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos, pois todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, irmã e mãe...”
Jesus não estava renegando os laços familiares, mas aproveitando a oportunidade para nos trazer mais um de seus ensinamentos, dizendo-nos que existem as famílias espirituais e as famílias consangüíneas. O Mestre considerou seus apóstolos como sendo seus irmãos espirituais, diferentes dos seus irmãos carnais, aos quais estava meramente ligado por laços consangüíneos. Esta passagem busca incentivar a todos nós, a realizarmos um esforço de progresso no bem comum.
CONCEITO A família representa um grupo social primário que influencia e é influenciado por outras pessoas e instituições. É um grupo de pessoas, ou um número de grupos domésticos ligados por descendência (demonstrada ou estipulada) a partir de um ancestral comum, matrimónio ou adoção.
Visão Espiritual Há duas espécies de famílias, As famílias por laços espirituais e as famílias por laços corporais. A família carnal é um grupo de Espíritos necessitados, em compromisso inadiável, para reparação e crescimento. As afeições reais sobrevivem, permanecendo indissolúveis e eternas. Independente do tipo de família que temos, vamos observar a importância desta instituição e como convivermos melhor dentro dela.
FUNÇÕES DA FAMÍLIA – (Numa visão sociológica).
BIOLÓGICA: Procriação de filhos para manutenção da espécie.
SOCIALIZAÇÃO: Fornecer condições aos novos seres, de relacionarem-se com a sociedade, preparando-os para a vida.
ECONÔMICA: Transmite noção de valores, comércio, propriedade, herança. Conhecimentos necessários ao crescimento e sustentação econômica das sociedades.
CULTURAL: A transmissão de educação e saber na perpetuação cultural e acompanhamento do progresso, embora não seja exclusividade da família, hoje temos rádio, tv, jornais, revistas, internet, e as ruas.
PSICOLÓGICA: A família é a base na qual se cria a nossa natureza como pessoa nos dando segurança, firmeza e confiança.
ESPIRITUAL: Educação do Espírito (através da orientação); Formação de valores regenerativos (corrigindo tendências equivocadas); Oportunidade evolutiva (adquirindo novos conhecimentos); Desenvolvimento da afetividade e do amor para atingir a dimensão da família universal (desarmando animosidades).
A família – Instrumento de progressoAo demonstrar que o homem é na realidade um Espírito em aprendizado na Terra, a Doutrina Espírita ampliou o conceito de família. Situando-a em bases espirituais o Espiritismo nos apresenta a família como instrumento de progresso, e oferece ao homem um programa de desenvolvimento que pretende enfocá-lo em suas dimensões biológicas, psicológicas, sociais e espirituais.
E dentro desse programa são definidos como objetivos gerais:
A integração do ser consigo mesmo/(...) com o próximo/(...)com Deus.

O desenvolvimento dessas faculdades pelo contato social tem início no ambiente doméstico aonde o Espírito dá continuidade ao seu aprendizado intelecto-moral. O Espírito reencarnado no seio familiar não é considerado inexperiente, é uma individualidade que traz consigo seus vícios e virtudes de passado. Por isso o processo de desenvolvimento não é começado, mas continuado a cada nova experiência de renascimento.
A vida em família é um ponto de referência que nos ajuda a manter contato com a realidade. As pessoas de nosso convívio apontam nossas falhas, ajudando-nos a corrigirmos os desvios de conduta.
Procuremos meditar sobre essas reclamações, será que eles não tem razão?
O melhor remédio para curar o egoísmo é viver em família. Porque no lar nós vamos compartilhar a vida com pessoas diferentes de nós. Podemos dar como exemplo, um filho que gosta de estudar, outro que não suporta um livro. A esposa prefere férias no litoral, o marido gosta do campo. E todos estão reunidos para um "lar, doce lar".
A família sadia é a que lida com várias verdades possíveis e não com um comportamento em bloco. E necessário haver interesse sobre como cada um se sente nesse convívio e quais as suas necessidades. Respeitar a individualidade característica de cada ser faz parte de uma convivência saudável e harmoniosa. O lar é o lugar sagrado que Deus concedeu às criaturas para que elas pudessem construir os elos do amor que representam o verdadeiro sentido e significado do Evangelho de Jesus.
Na família é que nós encontramos as nossas melhores companhias. Estamos reencarnados entre aqueles espíritos mais indicados ao nosso progresso espiritual. Eles nos trazem as lições ainda não aprendidas. Diante daquele familiar que representa um problema, indague-se qual a lição que a vida esta me trazendo. Paciência? Aceitação? Perdão? Doação?
Portanto vamos amar nossa família do jeito que ela é (esforçando-nos para que ela melhore). E se eles não são aquilo que gostaríamos que fossem, lembremo-nos de que nós podemos também não ser aquilo que eles esperavam.
Todos podemos ter uma casa, uma família, mas não temos um lar, se ali não houver. “Harmonia no lar” é a grande tarefa que se nos apresenta, pedindo esforço e dedicação de cada um em prol do bem comum. É um trabalho de todas as horas.
A perspectiva de integração global do ser consigo mesmo, com o próximo e com Deus, traz para a família uma responsabilidade maior. Traz o conceito de Família Universal, que supõe convívio fraterno entre todos os Espíritos, encarnados e desencarnados, numa cooperação mutua objetivando o progresso conjunto dos seres e das coisas.
Ao Espiritismo coube a tarefa de ampliar o sentido da sociedade humana e fazê-la entrar nessa nova era de progresso moral, aonde os erros de passado se resolvam não mais contra o indivíduo, mas a seu favor e por ele mesmo.
Jamais construiremos uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçoe. A paz do mundo começa exatamente sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendermos a viver em paz entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações.
Fontes: E.S.E./S.O.S.Famíla,Divaldo Franco

Paz e Luz
Silmara Garcia

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ÉTICA DA TRANSFORMAÇÃO



“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral”ESE-Cap 17-4
“Despersonificar-se”, esvaziar-se de “si”, tirar a máscara é o objetivo maior da renovação espiritual. Esse o grande desafio a ser seguido por todos os que se comprometeram com seriedade nas nobres finalidades do Espiritismo com Jesus e Kardec. Extenso será esse caminho reeducativo na vitória sobre nossa personalidade O meio prático e eficaz de consegui-lo, conforme ensinam os Bons Espíritos da codificação, é o conhecimento de si mesmo.Trata-se de um trabalho processual, ou seja, obedece a uma seqüência. Em conceito bem claro, é a habilidade de lidar com as características da personalidade melhorando os traços que compõem suas formas de manifestação. Caráter, temperamento, valores, vícios, hábitos e desejos são alguns desses caracteres que podem ser renovados ou aprimorados. O maior obstáculo a transpor é o interesse pessoal, o conjunto de viciações do ego repetido durante variadas existências corporais e que cristalizaram a mente nos domínios do personalismo.
Entretanto, o autodescobrimento exige uma nova ética nas relações consigo e com a vida: é a ética da transformação,. O Espiritismo é inesgotável manancial no alcance desse objetivo. Seu conteúdo moral é autêntico celeiro de rotas para quantos desejem assumirem o compromisso de sua transformação pessoal.A prática essencial e meta fundamental dos ensinos dos Bons Espíritos é a melhora da humanidade com a formação do homem de bem. O Espiritismo, em verdade, está nos elos que criamos, uns com os outros, e que passam a fazer parte da personalidade nova que estamos esculpindo com o buril da educação.
Em face dessas reflexões, evidencia-se a urgência da edificação de laços de afeto nos grupamentos humanos, no intuito de fixarmos na intimidade as mensagens do evangelho e do bem universal. Afeto é a seiva vitalizadora dos processos relacionais e o construtor de sentidos nobres para a existência dos homens.O autoconhecimento, através das luzes de imortalidade que se espraia dos fundamentos espíritas, é um mapa de como chegar ao “eu verdadeiro”, à consciência. Todavia, essa viagem não pode ser feita somente com o mapa, necessita de suprimentos morais preventivos e fortalecedores, necessita de uma ética de paz consigo próprio. Somente se conhecer não basta, é necessário um intenso labor de auto-aceitação para não cairmos nas garras de perigosas ameaças cujas mais conhecidas são a culpa, a autopunição e a baixa auto-estima, as quais estabelecem transformação pessoal um resultado libertador de saúde e harmonia interior. Tomar posse da verdade sobre si mesmo é um ato muito doloroso para a maioria das criaturas.
Consideremos alguns comportamentos que serão roteiros de combate, vigília e treinamento para instauração nas linhas éticas no processo autotransformador:
Postura de aprendiz – jamais perder o viçoso interesse em buscar o novo, o desconhecido. Sempre há algo para aprender e conceitos a reciclar. Romper com os preconceitos e fugir do estado doentio da auto-suficiência.
Observação de si mesmo – é o estudo atento de nosso mundo subjetivo, o conhecimento das nossas emoções, o não julgamento e a auto-avaliação constante. Tendemos a avaliar o próximo e esquecer do serviço que nos compete,
Renúncia – a mudança íntima exige uma seletividade social dos ambientes e costumes, em razão dos estímulos que produzem reflexos no mundo mental. No entanto, a renúncia deve ampliar-se também ao terreno das opiniões pessoais e valores institucionais, para os quais, frequentemente, o orgulho nos ilude.
Aceitação da sombra – sem aceitação da nossa realidade presente, poderemos instaurar um regime de cobranças injustas e intermináveis conosco e posteriormente com os outros. A mudança para melhor não implica em destruir o que fomos, mas dar nova direção e maior aproveitamento a tudo que conquistamos, inclusive nossos erros.
Autoperdão – a aceitação, para ser plena, precisa do perdão. Manter postura de perdão às faltas que cometemos e , mas que gostaríamos/tentaríamos não cometer mais.
Cumplicidade com a decisão de crescer – o objetivo da renovação espiritual é gradativo e exige devoção. Não é serviço para fins de semana durante a nossa presença nas tarefas do bem, mas serviço continuado a cada instante da nossa vida, onde estivermos. Somente com severidade e muita disciplina construiremos o homem novo almejado.
Vigilância – é a atitude de cuidar da vida mental. Cultivar o hábito da higiene dos pensamentos, da meditação no conhecimento de si, da absorção de nutrição mental digna nas boas leituras, conversas, diversões e ações sociais. Vigilância é a postura da mente alerta, ativa, sempre voltada a ideais enriquecedores.
Oração – é a terapia da mente. Sem oração dificilmente recolheremos os germens divinos do bem que constituem as correntes de Energia Superior da Vida. Através dela, igualmente, despertamos na intimidade forças nobres que se encontram adormecidas ou sufocadas pelos nossos descuidos de cada dia.
Trabalho – os Sábios Guias da codificação asseveram que toda ocupação útil é trabalho. Dar utilidade a cada momento dos nossos dias é sublime investimento de segurança e defesa aos projetos de crescimento interior.
Tolerância – toda evolução é concretizada na tolerância. Deus é tolerância. Há tempo para tudo e tudo tem seu momento. Os objetivos da melhoria requerem essa complacência conosco para que haja mais resultados satisfatórios. Complacência não significa conformismo, mas caridade com nossos esforços.
Amor incondicional – aprender o auto-amor é o maior desafio de quem assume o compromisso da reforma íntima. Sem auto-amor a reforma íntima reduz-se a “tortura íntima”. Aprender a gostar de si mesmo, independente do que fizemos no passado e do que queremos ser no futuro, é estima a si próprio.
Socialização – se o interesse pessoal é o grande adversário de nosso progresso, então a ação em grupos de educação espiritual será excelente medicação contra o personalismo e a vaidade. Destaquemos assim o valor das tarefas doutrinárias regadas de afetividade e siso moral. São treinamentos na aquisição de novos impulsos.
Caridade - se socializar pode imprimir novos impulsos e reflexões no terreno da vida mental, a caridade é o “dínamo de sentimentos nobres” que secundarão o processo socializador, levando ao nível de abençoada escola do afeto e revitalização dos ensinamentos espíritas.
Conviveremos bem com os outros na proporção em que estivermos convivendo bem conosco mesmo. A adoção de uma ética de paz, no transcorrer da metamorfose de nós próprios, será medida salutar no alcance das metas que almejamos, ao tempo em que constituirá garantia de bem-estar e motivação para a continuidade do processo.Nos celeiros de luz dos repositórios do Evangelho, verificamos que a maior virtude de um cristão é disponibilidade para servir e aprender, o programa ético mais completo e eficaz para quantos desejam a auto-iluminação.
Fontes: ESE – cap.17 – Item 4 // Reforma Íntima Sem Martírio - Wanderley S. de Oliveira/ Ermance Dufaux

Transforme para ser feliz
Beijos
Silmara Garcia

A CODIFICAÇÃO E SUA HISTÓRIA


“Espiritismo real tem como base doutrinária os cinco livros codificados por Allan Kardec”

Hippolyte Leon Denizard Rivail = Verdadeiro nome Allan Kardec
(Intelectual/Ajudou Pestallozi/escolhido pelos espíritos superiores para trazer a boa nova a humanidade)

18 – Abril 1857 = Livro dos Espíritos
Princípios fundamentais do espiritismo trasmitidos pelos espíritos superiores.

Julho 1859 = O que é o Espiritismo?
Elucidando principais dúvidas

Janeiro 1861 = Livro dos Médiuns
Ensino especial dos Espíritos Superiores com explicações de todos os gêneros de manifestações, meios de comunicação com os espíritos e desenvolvimento mediúnico.

FINS DE 1861 AUTO-DE-FÉ / 300 livros direcionados ao livreiro Sr.Mauricio Lachatre via marítima
Espanha/Barcelona – Bispo emitiu “Santo ofício” para que fosse queimado todos os livros (Revista Esp./L.E./L.M./O que é o espiritismo entre outros textos e escritos de Ermance Dufaux – Joana D´Arc por ela mesma). Após este feito o povo gritou “Abaixo a Inquisição”!!!
Antes mesmo desta queima Allan Kardec recebeu informação da espiritualidade que tal evento, embora aparentemente cruel, seria bom para a difusão do Espiritismo.

Abril 1864 – “Imitação do Evangelho segundo o Espiritismo” – modificado para “Evangelho segundo o Espiritimo” que é uma fonte inesgotável de sugestões para a construção de um mundo de paz e fraternidade que restabhelece o ensino do evangelho de Jesus (traduz as difíceis parábolas/máximas para nossa linguagem)

Agosto 1865 – “O céu e o inferno” tb denominado como (Justiça Divina Segundo o Espiritismo) que coloca ao alcance de todos os conhecimentos do mecanismo pelo qual se processa a lei divina “A cada um segundo suas obras” (...) Relatos de espíritos desencarnados, arrependidos por terem fugido às leis ou por não terem praticado mais a caridade quando puderam (...)

Janeiro 1868 – “A Gênese” os milagres e as predições segundo o espiritismo; Expõe amplo estudo sobre fluidos, natureza e propriedades, além de esclarecer à luz da Doutrina Espírita as predições do Evangelho.
Finalizando o conjunto de obras básicas da codificação: L.E. 1857/L.M. 1861/E.S.E. 1864/CÉU&INFERNO 1865/Gênesi 1868

31 Março 1869 A.K. Morre – 21 anos após seu desencarme Sra.Amélia Boudet, viúva, edita em 1890-“Obras Póstumas” com conteúdos interessantes como Biografia A.K. – Revista espírita 1869 / discurso de Camille Flammarion pronunciado junto do túmulo . Alguns trabalhos já haviam sido publicados na Revista Espírita entre outras anotações/comentários vislumbrando sempre o crescimento moral da humanidade através do espiritismo.

Paz e Luz
Silmara Garcia

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O PODER DA FÉ

Quando recebemos a tarefa de falarmos sobre a fé, nos sentimos extremamente felizes porque acreditamos ser ela a grande alavanca para a evolução da humanidade.
E o Evangelho Segundo o Espiritismo nos esclarece que a fé é uma conquista do homem e é importante mantermos sempre o equilíbrio através da fé raciocinada porque estando apoiada na inteligência e na compreensão das coisas o homem tem certeza de que atingirá seus objetivos.
(No livro Agenda Cristã psicografado por Chico Xavier, André Luiz diz que “ A fé viva não é patrimônio transferível e sim é uma conquista pessoal. “)
Encontramos uma excelente passagem bíblica sobre a fé em Mateus 17 versículo 14-19 onde Jesus afirma que se tivéssemos a fé do tamanho de um grão de mostarda transportaríamos montanhas.
E o Evangelho Segundo o Espiritismo traduz esta parábola em uma linguagem simples e esclarecedora:

Jesus quis dizer que as montanhas deslocadas pela fé são as dificuldades, as resistências, a má-vontade, o interesse material, o egoísmo, a cegueira do fanatismo,as más paixões e tantas outras mazelas que atrapalham demais o progresso da Humanidade.
Além de livros religiosos podemos encontrar outros que falam muito sobre fé e um que foi recorde de vendas em 2007 e 2008 foi o livro
( “O Segredo” da australiana Rhonda Byrne onde as pessoas relatam que puderam mover verdadeiras montanhas através da força de sua fé. Um caso muito impressionante foi de um rapaz que , após cair de um avião do tipo ultraleve e ter todos os ossos de seu corpo fraturados e + de 70% de seus órgãos seriamente comprometidos iniciou um processo lento de mudança de pensamentos. Ele conta que durante os meses em que esteve hospitalizado ele ouvia tudo o que se passava em sua volta e por diversas vezes escutou os médicos comentando que ele iria morrer... Mas ele não acreditou nisto e munido de fé e coragem dia após dia buscou sintonizar-se com o alto e procurou enxergar-se recuperado. Ele, após vários meses, saiu do hospital andando com as próprias pernas!)
Nós espíritas sabemos que além da fé há de se considerar o merecimento de cada um e quando somos munidos desta fé racional que é inabalável conseguimos vencer os obstáculos porque está fé mantêm a chama acessa da confiança e o homem sabe que se perseverar e buscar os meios de vencer aperfeiçoando-se moralmente os bons espíritos vêm em seu auxílio.
(Allan Kardec em uma de suas célebres frases disse:
“Somente a Fé inabalável é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.” )
Ao contrário da fé raciocinada, a fé cega faz com que o homem acredite que mesmo de braços cruzados, se Deus quiser, ele vencerá! E quando este homem, tomado pelo fanatismo, não consegue atingir seus objetivos julga-se não merecedor ou mesmo injustiçado por Deus. E, na maioria das vezes, sente-se culpado, triste e revoltado.
Ainda no E.S.E. encontramos a afirmativa que o poder da fé tem aplicação direta na ação magnética e quando o homem munido de amor , vontade e direcionando seus pensamentos para o bem ele consegue atuar sobre o fluido, que é o agente universal.
E um grande poder fluídico normal junto com ardente fé, pode, só pela força da vontade dirigida para o bem, operar esses fenômenos de cura e outros, tidos antigamente por milagres, mas que não passam de efeito de uma lei natural.
(Muitos de vocês já devem ter ouvido falar sobre o prof. Masaru Emoto, que recentemente apareceu em vários meios de comunicação devido ao grande sucesso de seu livro “Mensagens da água” que narra vários experimentos onde pessoas emitiam bons pensamentos a fim de alterarem o padrão vibratório da água e o resultado foi que as gotículas de água que receberam os flUidos positivos da força dos pensamentos formaram lindos cristais de água idênticos a brilhantes.)Veja abaixo foto de uma gotícula congelada, vista através de uma lente de microscópio, após oração:


Com este experimento fica claramente comprovada a eficácia da água fluidificada utilizada no Espiritismo.
Interessante, que muitas vezes o resultado do poder da fé está visivelmente ao nosso lado e não enxergamos. Um exemplo de fé inabalável é do Wilson que está muito próximo de nos lá na ULP das Casas André Luiz em Guarulhos, Wilson Pereira Louback tem 51 a. , é surdo, mudo , tem pés e braços atrofiados mas mesmo com toda sua dificuldade faz lindas poesias e vive muito feliz.Assim como o Wilson outras crianças da Casa nos dão exemplos de superação e fé. Fica aqui nosso convite para que visitem as crianças da ULP de Guarulhos ou acessem o site www.casasandreluiz.com.br lá poderão encontrar o blog dos pacientes com suas histórias de vida e lindas poesias.
Muito obrigada por sua atenção.
Paz e Luz à todos!

Silmara Garcia