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Espiritism&AllanKardec

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V I S U A L I Z A Ç Õ E S

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Trabalhadores da Paz

terça-feira, 26 de outubro de 2010

FATALIDADE - PALESTRA L.E. Q.851 a 867

Ao iniciarmos qualquer estudo, é sempre conveniente entendermos com total clareza o significado preciso de todos os termos envolvidos para que não nos equivoquemos quanto a interpretação propriamente dita. E no dicionário de Aurélio à palavra FATAL temos aquilo que é certo e prescrito pelo destino, irrevogável, que necessariamente acontecerá, inevitável, decisivo, inadiável (...).

Entretanto na concepção coloquial/vulgar a grande maioria das pessoas entende o termo como sendo uma ocorrência inevitável de alguma coisa ruim quando sua tradução seria neutra, ou seja, um acontecimento inevitável porem de natureza boa ou má.

Como o próprio termo indica dizer que um fato está predeterminado é afirmar que sua ocorrência é determinada de maneira certa e previsível.

Mas aos acontecimentos no mundo os cientistas e estudiosos concebem três possibilidade (que a ciência chama de lei da probabilidade):

1. Determinismo (tudo previsto) – quem quer que coloque a mão no fogo queimará.
2. Aleatoriedade (nada previsto) – nem todos colocarão a mão no fogo, portanto, não sei quem queimará a mão...
3. Relativismo (apenas alguns estariam predeterminados) – Alguns colocarão outros não...

E é justamente esta última posição que é aceita pela ciência contemporânea e pelo Espiritismo.

Lembrando A.Einstein nos Séc. XIX que apresentou a Teoria da Relatividade onde “Tudo é relativo”...    O Espiritismo nos apresenta a Lei da Ação e Reação onde para toda é qualquer atitude minha no bem haverá uma resposta positiva e o inverso tb é verdadeiro.

Motivos pelo qual a fatalidade não pode existir:

A única coisa que sabemos ser inevitável em nossas vidas é que todos nós haveremos de desencarnar um dia. Isto, na concepção da palavra é a única coisa que podemos considerar como sendo fatal. A todas as demais circunstâncias de nossas vidas, de qualquer ordem, a de se considerar três fatores:

1. Determinismo
2. Livre-Arbítrio
3. Causalidade

Vamos analisar primeiramente Determinismo e Livre-Arbítrio:

O homem até o séc. XVI acreditava que o Universo era comparável a uma imensa máquina em funcionamento automático e infalível.

Na perspectiva materialista, tudo no homem seria matéria. Estaria sujeito ao mesmo determinismo que existe no movimento dos astros, da queda de uma pedra, no movimento de um relógio. Mas como conciliar isto ao fato de que posso abaixar ou levantar o braço, ir para esquerda ou direita, dizer isto ou aquilo com toda minha liberdade?

Ainda em termos científicos veio A.Einstein e provou que tudo é relativo. Se jogar uma pedra ela cai, é claro, mas se houver uma ou outra interferência ela poderá ou não cair...

Com o advento do Espiritismo os espíritos nos mostraram que somos seres pensantes e que nosso pensamento age sobre tudo que está à nossa volta e que eu tenho liberdade de pensar e agir ao que chamamos de livre-arbítrio.

Por meios de investigações científicas dos fenômenos espíritas o espiritismo confirmou que toda e qualquer ocorrência na vida do ser situa-se no pensamento, na vontade e no grau de evolução de cada um.

Portanto nada é absolutamente pré-determinado na vida de ninguém a não ser a morte, como já dissemos. Posso, a qualquer hora, mudar o meu destino para melhor ou pior, conforme minhas vontades, pensamentos e atos bons ou maus em conformidade às leis morais que regem a vida.

Fatalidade em relação de causa e efeito

No livro “Depois da Morte” – Leon Denis nos diz que “não há acaso nem fatalidade, mas sim forças e leis. Utilizar, governar umas, observar outras, eis o segredo de toda a grandeza e elevação”.

Todos os espíritos preparam no presente as alegrias ou dores do futuro, sendo nossa vida atual herança de nossos atos bons ou maus de nossa vida presente ou de nossas vidas anteriores.

Portanto somos os principais responsáveis por nossa felicidade ou infelicidade.

Novamente ao termo fatalidade temos que considerar a lei da causa e efeito. Vários processos físicos, químicos e biológicos do corpo humano são dirigidos com certo determinismo.

Ex.:
1. Se coloco a mão em um fio elétrico descoberto levo choque
2. Se tomo alguma substância venenosa causarei minha morte
3. Se tomo remédio adequado sou curada de determinada doença

Deste modo, enquanto encarnados estamos em associação estreita com a matéria, mas o que pré-determina os acontecimentos são leis físicas, químicas e biológicas, mas sempre associada a uma ação anterior que levou a uma causa atual.

No caso de ingestão de veneno, por ex., pode-se dizer que a pessoa fatalmente morrerá, mas a pré-determinação da morte, todavia, é condicionada à livre decisão de alguém. O que nada tem de fatal.

E é justamente neste sentido que muitos autores espíritas costumam referir-se à chamada lei da causa e efeito ou lei de ação e reação, que regula as ocorrências da vida, em um sentido amplo, englobando os eventos referentes ao ser espiritual.

No livro “Ação e reação” de A.Luiz temos no cap. 7 a explicação de que “o carma” expressão utilizada entre nós (criada pelos Hindus) em sânscrito quer dizer “ação”, a rigor, designa “causa e efeito” sendo que toda ação ou movimento deriva de uma causa ou impulsos anteriores. A cada um segundo as suas obras, boas ou más!
Carma, portanto significa “Causa”!

Livre-arbítrio e relação de causa e efeito

Muitos acontecimentos ruins de nossa vida presente não nos apresenta uma causa ou uma razão efetiva. Quantas pessoas que conhecemos serem extremamente solidárias, boníssimas cuja vida é de extrema dificuldade?

O Espiritismo mostra-nos que se as causas dos acontecimentos mais importantes de nossas vidas felizes ou dolorosos, não puderem ser localizadas na vida presente, certamente existirão em passado anterior ao nosso renascimento. Os efeitos de nossos atos, conformes ou contrários à lei que vela pela harmonia do Universo, pode ser imediatos ou ocorrer em um futuro mais ou menos distante.

É somente isso, que possibilita entender muita das disparidades nas condições físicas, sociais etc., dos seres humanos dentro do quadro da justiça divina. Ou, caso contrário, não poderíamos compreender Deus como justo e bom.

Cada pessoa encontra-se num contexto parcialmente determinado pelo conjunto de suas ações desta vida, das vidas anteriores e dos períodos de erraticidade, sempre levadas em conta suas necessidades expiatórias, provacionais e de aprendizado de um modo geral.

Podemos mudar o nosso destino

A possibilidade de interferirmos no curso dos acontecimentos, agravando ou atenuando os efeitos ruins, promovendo ou embaraçando os efeitos bons, encontra-se claramente expressa na questão 860 do L.E. :

“- Pode o homem, por sua vontade e por seus atos, fazer que se não dêem acontecimentos que deveriam verificar-se?

Pode-o se essa aparente mudança na ordem dos acontecimentos tiver cabimento na conseqüência da vida que ele escolher (...).”

Todas as nossas ações por insignificantes que sejam, fazem-se acompanhar de certos efeitos. Em cada momento, vivemos em meio a esse conjunto de efeitos. A importância prática de adquirirmos conhecimento acerca das leis que regem a matéria e o espírito reside em que, sabendo melhor quais serão os efeitos daquilo que fizermos, poderemos agir de modo a criar situações que nos aproximem da felicidade.

SOMOS, por assim dizer, OS CONSTRUTORES DE NOSSOS DESTINOS.

Programação da existência corporal

Boa parte das questões sobre fatalidade do L.E. refere-se direta ou indiretamente à questão da programação da existência corporal.

É, pois sabido que todos, sem exceção, têm fatos importantes na vida como casamento, filhos, riqueza, pobreza etc. previamente elaborados no plano maior, mas nós espíritas sabemos que estamos em processo de evolução onde o aprendizado constante e o livre-arbítrio é o que move o processo da evolução de cada ser.

Na medida em que o ser amadurece espiritualmente, tornando-se mais consciente, poderá avaliar por si próprio as principais ações praticadas, os detalhes dos acontecimentos dependerão de circunstâncias que o próprio homem encarnado cria pelos seus atos.

Acontecimentos de ordem material e moral – Os espíritos nos explicam de forma prática que aos sucessos materiais pode haver fatalidade, mas jamais há qualquer fatalidade nos atos da vida moral de cada um, pois o homem sempre terá liberdade de escolher.

Um corpo mal formado ou perfeito, uma doença grave ou sua cura, uma queda mortal, riqueza ou pobreza poderão ser fatais no sentido mais estrito do termo.

Mas um assassinato, uma difamação, uma traição, uma caridade e toda e qualquer ação moral nunca serão fatais considerando o livre-arbítrio de cada um.

Ninguém pode renascer para ser alvo de difamação ou assassinato porque isto exigiria que alguém renascesse para difamar ou assassinar, o que é claramente absurdo.

É justamente por isso que o L.E. na Q.851 adverte que a fatalidade só pode existir com relação ás provas físicas (como certas doenças e acidentes que se não conseguem evitar), nunca, porém com relação às provas morais. (traições ou desgostos)

Previsão do futuro

O futuro será em princípio previsível somente na medida em que se tenha acesso completo e seguro às causas dos eventos, e as leis que o correlacionem forem do tipo determinista.

Ex.: Se colocar a mão no fogo queimará.

Futuro somente para uma coisa obvia e racional...

Mas no referente aos acontecimentos não triviais das vidas dos homens, é impossível prever com exatidão o futuro, pois não conhecemos a totalidade das causas, não há encadeamento determinista dos eventos devido ao livre-arbítrio e cada situação para cada ser processa-se diferentemente de acordo com o grau de evolução de cada um.

Quando vemos alguns “adivinhos” “leitores de cartas” que “acertam” previsões observamos que na grande maioria das vezes utiliza-se de joguetes de palavras para sugestionar certas ações (o que é bastante perigoso) ou mesmo falam de coisas que ocorrem na vida de toda e qualquer pessoa como “um acidente”, “mágoa por causa de alguém”  "há alguém que têm inveja de você"  (...) e por aí vai.

Se Deus quisesse que soubéssemos de ações futuras ele o permitiria.

Aspectos morais

O mal que nos acontece, acontece na hora certa, porém como conseqüência de ações más desta ou de outra vida. E Deus somente o permite para que nós evoluamos através de nossas vidas.

Não há um destino que nos arraste em seu turbilhão o destino que existe é aquele que nós mesmos construímos e que podemos ir modificando a cada momento, no quadro das leis naturais que regem o mundo.

No livro “Nascer e Renascer” no cap. ‘Fatalidade e livre-arbítrio’ Emmanuel diz:

“Geramos causas de dor ou alegria, de saúde ou enfermidade em vários momentos de nossa vida.O mapa de regeneração volta conosco ao mundo, consoante as responsabilidades por nós mesmos assumidas no passado, contudo o modo pelo qual nos desvencilhamos dos efeitos de nossas próprias obras facilita ou dificulta a nossa marcha redentora na estrada que o mundo oferece.”

As leis de Deus têm como objetivo sempre educar e nunca punir. No livro “Céu e Inferno” de Allan Kardec têm trechos importantes advindos dos espíritos para nosso esclarecimento:

“O arrependimento, expiação e reparação são as três condições necessárias para apagar os traços de uma falta e suas conseqüências”.

O arrependimento suaviza as dores da expiação, contudo somente a reparação pode anular o efeito. “E a reparação consiste em fazer o bem para anular os efeitos do mal cometido”

Um exemplo vulgar disto podemos entender tal qual uma conta bancária no vermelho onde temos vários débitos, mas vamos colocando um crédito aqui, outro ali até que ela fique organizada novamente...

Portanto haverá sempre a possibilidade do abrandamento das conseqüências dolorosas de nossas ações pelos esforços que façamos neste sentido.

Vamos agir sempre com amor, resignação na certeza de que estaremos rumando a tão almejada felicidade!

Paz e Luz
Silmara Garcia

domingo, 24 de outubro de 2010

MAGNETISMO DE MESMER - Parte I

Recentes estudos do cientista espírita Prof.Paulo H.Figueiredo, com a ajuda de experts em física   nos remete a idéia de que  as teorias de física que nos ensina o magnetismo aplicadas nas escolas de todo o mundo estariam completamente equivocadas.

Profundos estudos deste militante espírita nos leva a crer que não somente Mesmer mas Albert Einstein e também  Isaac Newton acreditavam não no Fluido Cósmico da Física onde fora da matéria encontramos o vácuo mas sim no Fluido Cósmico Universal, idéia esta difundida no meio espírita, onde fora da matéria temos justamente a quinta-essência que chamamos de éter. 

Mas a grande novidade, trazida por Paulo é de que as vibrações de cada espírito encarnado ou desencarnado, que chamamos de pensamento, faz este éter agir e tornar-se matéria sendo portanto  responsabilidade de cada um a criação do que chamamos MUNDO! E quantos mundos agem, interagem, são criados aqui e lá?  Não podemos esquecer de que pensamento é atributo do Espírito. Imaginemos que todos os seres pensantes criam tudo o que nossa restrita visão pode imaginar.
Isto é fantástico! 

Portanto o que movimenta tudo e o que cria vida é justamente a vibração de cada ser pensante que soa incessante por todo o Universo Infinito de nosso Criador que chamamos Deus.
Sem medo de ser chamado de louco, Paulo H.Figueiredo lançou seu primeiro livro com as teorias de Mesmer relida e agora prepara seu novo livro justificando sua nova descoberta.
Não somos nós, de forma alguma entendida em assuntos de física, mas como espírita acreditamos que precisamos estar abertos à toda nova idéia lançada para que nossa mente não vagueie na escuridão.

Não há dúvida, entre os espíritas, de que os trabalhos de doação de amor que chamamos de "Passe" tenha sua ação benéfica mas é sabido que depende também do receptor  não estar "refratário" às ondas fluídicas que haverá de receber. 
Paulo, entretanto, afirma que a eficácia de todo trabalho de cura depende necessariamente da fé do receptor e da qualidade dos fluidos emitidos em consonância com os fluidos do paciente em questão.

A questão em si não está fechada...
Colocaremos novos pareceres e referências bibliográficas tão logo tenhamos nossas idéias clareadas e direcionadas a luz da razão que o espiritismo nos remete.


Paz e luz à todos
Silmara Garcia

terça-feira, 19 de outubro de 2010

PALESTRA - Evangelho Segundo e Espiritismo

Para falarmos de Espiritismo temos que reverenciar nosso codificar Sr.Hippolyte Leon Denizard Rivail, vulgo Allan Kardec.

Destacou-se como excelente aluno desde tenra idade e já aos 14 anos lecionava para os colegas chamando atenção de Pestalozzi, tornando-se seu discípulo.

Além de dedicado professor e diretor o Sr.Rivail, como era conhecido, publicou diversos livros na área pedagógica.

Mas foi em 1854, já aos 50 anos,que conheceu o Espiritismo através do amigo Sr.Fortier e no ano seguinte fora levado por Sr.Carlotti a uma reunião mediúnica das “Mesas Girantes” na casa de Sr.Baudin.

A partir daí iniciou sua trajetória como Grande Codificador dos Livros da D.E., adotando o nome de Allan Kardec sugerido por amigos espirituais que esclareceram ter sido o nome de uma de suas encarnações onde ele era um “Druída” (sacerdote com alto grau de sabedoria) no ano de 57 A.C.

Em 1857 editou o L.E. que aborda a parte filosófica da D.E.

Em 1861 editou o L.M. relativo a parte experimental e científica.

Em 1864 editou o E.S.E. onde abrange a parte moral pautada no Evangelho e nas parábolas de Jesus.

Em 1868 editou a Gênese que encontramos os Milagres e as Profecias.

E em 1890, 21 anos após sua morte, sua esposa Amelie Gabrielle Boudet, juntamente com amigos militantes do Espiritismo compilaram as anotações de Allan Kardec e editaram o livro “Obras Póstumas” completando assim os cinco livros da codificação.

Lembrando que o Espiritismo ou a Doutrina Espírita tem três grandes braços; o Filosófico, o Científico e o Religioso.

E justamente este aspecto religioso, ou seja, a ligação com Deus que Allan Kardec aborda no E.S.E.

Inicialmente este livro recebeu o nome de “Imitação do Evangelho”, certamente por influência da Bíblia Clássica da época medieval.

Mas A.K. recebeu mensagem do “Espírito da Verdade” (...) sugerindo a mudança do nome para E.S.E. mantendo-se, até hoje, intocável editado em diversos idiomas.

Logo na Introdução da Obra do E.S.E. temos a explicação das escrituras (Bíblia):

1ª. parte: Atos da vida de Cristo;

2ª. parte: Os milagres;

3ª. parte: As profecias;

4ª. parte: Dogmas da igreja;

5ª. parte: ENSINO MORAL

(...) como as quatro primeiras partes sempre foram objeto de grandes controvérsias e discussão a última permaneceu inatacável.

E foi justamente aí onde Allan Kardec concentrou seus profundos estudos junto à espiritualidade, pois estabelece ensinamentos universais e imutáveis.

O E.S.E. é a orientação de Jesus, em seu caráter educativo e consolador. É fonte inesgotável de ensinamentos para construção de um mundo melhor.

Ainda na Introdução refere-se a Sócrates e Platão como precursores da D.E. por defenderem a idéia de que “O homem é uma alma encarnada”.

O E.S.E. compõe-se de 28 capítulos, 27 os quais dedicados à explicação das parábolas de Jesus em uma linguagem de fácil compreensão e o último capítulo apresenta uma coletânea de preces espíritas para referência, com temas específicos.

Não há dúvida de que, ao lermos com profundidade o E.S.E. observaremos sua elevada função entre os homens do mundo. Pois leva-nos à reflexão e certamente nos liga ao criador.

Ainda ao final de cada capítulo temos orientação de espíritos evoluídos abrangendo o tema em questão como “Santo Agostinho”, “São Vicente de Paulo”, “São Luis”, “Cáritas” entre outros que, devido ao cunho nobre das mensagens, observamos tratar-se de espíritos bastante elevados induzindo-nos à razão e a suprema vontade de praticarmos o amor e a caridade.

Quando Allan Kardec ergueu a bandeira “Fora da Caridade não há salvação” ele bem sabia que é justamente através de prática da caridade natural, simples e sem interesse que o homem consegue purificar-se e aproximar-se do Criador.

Nos quatro primeiros capítulos A.K. aborda a iniciação das idéias crísticas voltadas ao espiritismo:

1. Não vim destruir a lei (mas dar-lhe cumprimento) – Explicando, portanto que Jesus deu continuidade às idéias de Moisés complementando que é somente através do amor que efetivamente o homem será feliz.

2. Meu reino não é deste mundo – Neste capítulo temos uma explicação lógica e simples de que Jesus abordava à prevalecência do espírito sobre a veste carnal.

3. Há muitas moradas na casa de meu pai – Explicando que a Casa é o Universo e as diferentes moradas são os diversos mundos que circulam no espaço infinito – podemos também interpretar como o estado de cada um feliz ou infeliz. Nosso pensamento, nossa sintonia, abriga diversas “Moradas”.

4. Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo – A.K. explica a diferença entre ressurreição e reencarnação muito confundida, até hoje entre os homens. (...) Este capítulo fortalece e tira dúvidas a respeito da reencarnação à luz do evangelho de cristo.

Temos seguidamente as Bem Aventuranças:

Bem aventurados...

Os aflitos; com a explicação de quais seriam as causas das aflições trazendo-nos muito consolo, pois mostra-nos que tudo é passageiro.

Os pobres de Espírito; as parábolas de Jesus por terem sido traduzidas por diversas vezes receberam inúmeras interpretações quando que o E.S.E. compreende que nesta passagem Jesus refere-se aos humildes e merecedores de seu reino de paz.

Puros de coração;

Mansos e pacíficos;

Misericordiosos.

(...)

A sensatez de A.K. ao abordar as parábolas de Jesus faz com que, quem quer que leia este livro, tenha rápido e fácil entendimento de que o Espiritismo é sim o Grande Consolador esperado entre os homens.

Cap. XI – “Amar ao próximo como a si mesmo” (...)

Cap. XII – “Amai os vossos inimigos” – entendemos que devemos praticar o perdão e compreender que nossos antagonistas são irmãos equivocados em processo evolutivo, assim como nós.

XIII - XIV e XV – Remete-nos à prática da caridade.

- O que é caridade

- Caridade desinteressada

- Caridade para com os familiares

- Caridade material

- Caridade moral

- Caridade com base em palavras efetivas

- Boas ações

- Boas Atitudes

- Caridade para comigo

- O Auto-Perdão.

E quando A.K. aborda O HOMEM DE BEM e o SEDE PERFEITOS – o que seria o homem de bem senão aquele que procura seguir o melhor exemplo que já existe entre nós, o espírito mais evoluído encarnado entre nós que foi Jesus.

(*) Fé

(*) Pedi e obtereis

(*) Buscai e achareis – Ajuda-te e o céu te ajudará (...)

(*) Não por a candeia debaixo do alqueire – reconhecer-se praticante da moralidade deixada por Jesus e exemplificar com atitudes no bem.

Se pratico aquilo que aprendo seja no lar, em meu meio social, vigiando inclusive meus próprios pensamentos que verdadeiramente são os precursores de toda e qualquer ação, seja ela no bem ou no mal eu posso me considerar um bom cristão.

Se acredito e fortaleço minha fé em um futuro feliz, estarei certamente abrindo portas que, até então, mantiveram-se fechadas.

Se eu já consigo olhar meu próximo com caridade, compaixão, se compreendo estarmos praticamente “no mesmo barco”; errando, acertando, caindo e levantando (...) eu certamente estou bem próximo do ideal.

Só me resta aguardar porque o melhor esta por vir logo mais em mundo mais felizes onde a dor, a maldade e as fraquezas humanas não mais existirão.

Muito obrigada por sua atenção.
Paz e Luz a todos!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

ORAÇÃO DO VENCEDOR - SEJA FELIZ SÓ POR HOJE

SOU FILHO DE “DEUS”! SOU ESPÍRITO! SOU ETERNO! SOU INDESTRUTIVEL! SOU IMORTAL! SOU INATINGIVEL! SOU ESPERANÇA, SOU LUZ, SOU AMOR, SOU AMIZADE, SOU VENCEDOR. SE PERGUNTAREM A VOCÊ QUE DIA É HOJE? RESPONDA COM O CORAÇÃO CHEIO DE AMOR,

-HOJE É O PRIMEIRO DIA DE MINHA NOVA VIDA.

SE PERGUNTAREM COMO VAI VOCÊ? RESPONDA COM TODO ENTUSIASMO E ALEGRIA, VOU CADA VEZ MELHOR.

RESPONDA TAMBÉM, TENHO MUITA SAÚDE, SOU MUITO FELIZ, MEU CORAÇÃO ESTA CHEIO DE AMOR, DECIDI QUE NADA ME AMEDRONTA, POIS SINTO A PRESENÇA DE “DEUS” EM TODOS OS MOMENTOS DE MINHA VIDA.

AONDE QUER QUE EU VÁ VENCEREI INFALIVELMENTE.

ADMITO QUE TUDO PODE ACONTECER.

Colaboração: Nelson Gambirazio /Amor exigente-Grupo Desafio
Foto: ULP-Unidade de Longa Permanência Casas André Luiz/Guarulhos

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

ORAÇÃO DA SERENIDADE


"Senhor, conceda-me a serenidade
para aceitar aquilo que não posso mudar,
a coragem para mudar o que me for possível
e a sabedoria para saber discernir entre as duas.
Vivendo um dia de cada vez,
apreciando um momento de cada vez,
recebendo as dificuldades como um caminho para paz,
aceitando este mundo cheio de pecados como ele é,
assim como fez Jesus,
e não como gostaria que ele fosse;
Confiando que o Senhor fará tudo dar certo
se eu me entregar à Sua vontade;
Pois assim poderei ser razoavelmente feliz
nesta vida e supremamente feliz na outra.
Que assim seja!"

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Palestra: Os Espíritos que nos atormentam

O tema de hoje tem como fonte de consulta o Livro dos Espíritos Q. 456 a 480 “Os espíritos que nos atormentam”

Este é um tema que desde 1858 na Revista Espírita A.Kardec considerou ser um dos mais importantes a serem estudados. Quando A.K. em seu trabalho de compilação do Livros Doutrinários recebe a informação de que estamos incessantemente cercados por uma nuvem de Espíritos que participam o tempo todo de nossas vidas.

Sendo que, entre os Espíritos que nos cercam há os que se ligam a nós, agindo sobre o nosso pensamento, aconselhando-nos, ao bem e ao mal, de acordo com a sintonia com a qual eu me encontro.

O próprio codificador surpreendeu-se ao receber informação de que os Espíritos participam de nossa vida e muitas vezes são eles que dirigem nossos passos.

Quem de nós já não recebeu um “insite”, uma inspiração vez ou outra em um momento de dúvida.

Quem de nós também já não se sentiu perturbado por um ou outro momento sem qualquer sentido?

Quem são os Espíritos a nos influenciar?

Não podemos esquecer que somos Espíritos inteligentes e pensantes, momentaneamente em um corpo material, que é um acessório temporário do Espírito.

Além deste envoltório material o Espírito tem outro semi-material, bem mais etéreo que A.Kardec chamou de Perispírito.

É justamente através do Perispírito que os Espíritos desencarnados entram em contato conosco.

Somos influenciados e influenciamos o tempo todo como ondas de rádio, recebemos o tempo todo influências do meio em que vivemos. Tais influências se dão através da sintonia de cada um...

Somente fazemos e recebemos influências daqueles com os quais eu me sintonizo.

Vejam aí a grande importância de manter um pensamento elevado para que emita e receba boas vibrações, boas influências...

Temos uma força magnética extraordinária que sequer nos damos conta...

Quando Jesus dizia “Vós sois Deuses” já nos apontava à direção e com o advento do Espiritismo tivemos respostas inclusive aos prodígios de Jesus que, como um espírito evoluído era capaz de manipular os fluídos, com a força de seu pensamento, que hoje a ciência aponta como ondas magnéticas.

Todos nós, portanto emitimos e recebemos ondas magnéticas tanto boas quanto más, conforme a nossa sintonia.

Mas os Espíritos pensam?

O pensamento é um dos atributos do Espírito, portanto ele pode agir sobre a matéria e transmitir seus pensamentos onde a essência do Espírito é justamente a inteligência.

Ao desencarnarmos perdemos apenas o corpo físico e não seu envoltório fluídico, ou seja, o Perispírito.

Continuamos agindo como seres inteligentes e pensantes e continuamos influenciando e sendo influenciado o tempo todo.

Lembrando que o intercâmbio se dá mente a mente: Sintonizamos de acordo com nosso padrão vibratório. Ou seja, somente sou influenciada ao bem ou ao mal se mantenho padrão bom ou mau.

Divaldo Pereira Franco, importante militante do espiritismo nos sugere à substituição de pensamentos quando observamos que estamos baixando nosso padrão vibratório. Lembrando que é natural que tenhamos vez ou outra maus pensamentos, mas o que não podemos é mantermos com eles por muito tempo ou abrimos a porta às más influências podendo levar até a uma obsessão.

Mas o que significa o termo Obsessão?

E.S.E. cap. 28 item 81 – è a ação persistente que um Espírito mau exerce sobre um indivíduo (...).

Existem diversos graus de obsessão que A.K. classifica da seguinte forma:

Obsessão Simples – Percebida pela própria pessoa. O chamado “encosto” situações mentais e fluídicas esporádicas.

Ex. Pessoa que fica entristecida sem motivo aparente e “entra em sintonia” com espíritos na mesma freqüência.

Ex. Pessoa que se queixa demais, criando um círculo vicioso e pernicioso para si própria atraindo espíritos negativos.

Fascinação – Quando o Espírito exerce ação direta no pensamento da pessoa. Fazendo-o crer-se superior, dono da verdade, instigando-lhe todo seu orgulho, vaidade e alimentando-lhe o seu ego. Pode inclusive levá-lo a ações ridículas, comprometedoras e até perigosas.

Ex. O Livro Aconteceu na Casa Espírita – Temos a narrativas onde legiões de Espíritos Equivocados querem acabar com determinada Casa Espírita e são instruídos por seu Dirigente a agirem influenciando os servidores/trabalhadores alimentando-lhes o ego, a vaidade para que se afastassem dos trabalhos. Dentre os exemplos temos o caso do Médium que é levado a crer que não é valorizado (o espírito sopra. você é melhor que fulano... ele é que leva a fama... isto é uma injustiça...) No caso da trabalhadora de muitos anos (você é que deveria ser a dirigente... não fulano...) etc.

Tal livro clareia muito bem a idéia de fascinação. E de quanto ainda somos influenciados, mesmo estando trabalhando assiduamente nesta ou naquela casa. Precisamos estar sempre firmes e vigilantes.

Subjugação – a vontade do obsediado é dominada moral e fisicamente.

Ex. No livro Libertação – A.Luiz temos o caso clássico de Margarida que é mantida por obsessores que já a magnetizavam a ponto de fazê-la ficar acamada minando-lhe as forças completamente.

Mas o que devemos fazer para afastar o obsessor?

Igreja Católica: Há tempos atrás havia a prática do chamado exorcismo onde o Padre, através de orações e invocações fazia o “possesso” ser libertado do possessor... Hoje já fora abolido através de práticas mais cristãs.

Outras Igrejas: Sessões de descarrego onde o “obsessor” é tratado como “Satanás” e é expulso e não doutrinado.

Doutrina Espírita: Entendemos o obsessor como um espírito em profundo sofrimento que precisa ser esclarecido. É explicado que somente através do perdão e do amor é que seremos felizes e livres das amarras do ódio.

Qualquer um de nós recebe influência boa ou má, será mesmo grande a influência dos espíritos sobre nós?

E a espiritualidade já nos responde que a influência dos Esp sobre nossos pensamentos é maior do que imaginamos e frequentemente são eles que nos dirigem.

Recebemos sugestões o tempo todo, mas somos sempre responsáveis por nossas escolhas no bom ou mau caminho.

E para eu conseguir identificar um pensamento bom ou não é somente observar se tal pensamento é levado ao bem comum, meu ou do meu próximo.

E para entender e identificar um pensamento meu à de um espírito basta eu observar... Se estou em um momento tranqüilo e sereno e de repente me vêm uma sensação ruim ou um pensamento no mal é provável que esteja recebendo influência o contrário também é verdadeiro... Vez ou outra estou com alguma problemática que julgo momentaneamente insolúvel e me vem uma inspiração, uma solução imediata para esta ou aquela questão... identificamdo-se aí uma boa influenciação.

Allan Kardec sugere-nos a prece como um lenitivo para que mantenhamos em boa sintonia. Se nos vemos em qualquer situação difícil precisamos elevar nossos pensamentos para que nossos amigos do alto possa nos ajudar inspirando-nos às boas ações.

E S. Agostinho em sua mensagem intitulada “Ventura da Prece” afirma ser a prece filha da fé e nos leva aos caminhos que conduz a Deus e é através dela que nos sintonizamos com o plano espiritual superior.

No Livro Nosso Lar, André Luiz, quando em passagem pelo Umbral estava o tempo todo sendo influenciado negativamente, pois se mantinha em ondas vibratórias negativas... Ao passo que assim que ele rogou a presença de Deus ele recebeu imediata ajuda do plano espiritual... Ou seja, naquele momento ele conseguiu elevar o padrão abrindo portas à ajuda necessária...

No livro Sexo e Destino também de A.Luiz há justamente uma narrativa adversa onde o personagem Cláudio 51 anos / pai de Marina recebe influências constantes, em tempo integral, de esp. Obsessores devido ao seu vício grandioso em álcool e sexo desvairado... Marina faz prece, orações, mas os bons espíritos não conseguem atingi-lo devida à sua persistência no mal...

Lembrando que todos, a qualquer momento, podemos estar ligados ao bem e ao amor... Agora... Neste momento... Estamos em uma onda energética de amor, paz e ordem... O tempo todo emitimos e recebemos influências...

Em Casas religiosas os bons espíritos procuram harmonizar o ambiente para que os trabalhos sejam realizados sempre da melhor forma possível, razão esta pela qual iniciamos nossos trabalhos com prece rogando auxilio de nossos amigos elevados.

Mas como poderei distinguir os pensamentos dos Esp aos meus?

Sócrates, sábio filósofo colocou: “Conheça-te a ti mesmo” Em geral os primeiros pensamentos, após uma prece são sugeridos por nossos amigos do bem.

Precisamos nos auto avaliar, identificarmos nossas mazelas, saber onde eu ainda estou equivocado para que eu possa me auto aprimorar.

Jesus por inúmeras vezes nos solicitação ao eterno “Vigiai e orar” pois sabia de nossa dificuldade em mantermos um padrão elevado... A observância diária de nossas ações, nossos pensamentos e atitudes são indispensáveis para estarmos bem sintonizados de forma que nossas escolhas sejam sempre as mais acertadas.

Lembrando que os bons espíritos nos aconselham somente ao bem e ao amor.

Ex. Nos Domínios da Mediunidade/A.L. recebe a lição sobre a “Assimilação de Correntes Mentais” quando utilizaram um aparelho de nome “psicoscópio” em encarnados durante os preparativos espirituais para uma reunião mediúnica onde o instrutor espiritual, Clarêncio, explica como cada pensamento tem seu peso próprio, como tristeza, amor, revolta, alegria... expressos pelas ondas mentais, orais ou escrita.

Mas muitos perguntam por que Deus permite más influências...

Aprendemos que os Esp imperfeitos são instrumentos destinados a experimentar nossa fé e bondade. Deus nos dá o livre-arbítrio para que possamos escolher o caminho e sabe que evoluímos bastante quando conseguimos sobrepor o mal através de boas atitudes.

Paciência, resignação, prática do amor e caridade são os verdadeiros lenitivos às más influências.

Portanto cabe a cada um segundo as suas próprias obras recebe boas ou más influências.

Para nos ajudar em nossas tarefas temos Espíritos que nos auxiliam e todos nós temos uma Esp que se liga á nós, para nos proteger, auxiliar, intuir e motivar... É sempre de uma ordem mais elevada que a nossa com a missão de ajudar a nos elevar-nos consolando e sustentando nossa coragem nas provas ás quais nos submetemos.

Afasta-se quando vê seus conselhos inúteis, e quando nossa vontade de sofrer a influência dos Esp inferiores é mais forte. Mas retorna sempre que chamado.

Todos nós temos nossas escolhas...

“Se sei que posso caminhar em um jardim florido mais à frente porque insisto em trafegar ao caminho do pântano?”...

A espiritualidade nos instrue ser o caminho do bem e do amor o único certo para a felicidade, portanto devemos nos fortalecer e nos encorajar sempre que necessário, recorrer sempre à prece e lembrar que não estamos sozinhos em nenhum momento de nossa vida!

Muito obrigada por sua atenção.
Paz e Luz a todos!