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Espiritism&AllanKardec

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Trabalhadores da Paz

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

ANJOS DESCONHECIDOS

Há guardiães espirituais que te apoiam a existência no plano físico e há tutores da alma que te protegem a vida na Terra mesmo.
Frequentemente, centralizas a atenção nos poderosos do dia, sem ver os companheiros anônimos que te ajudam na garantia do pão.

Admiras os artistas renomados que dominam nos cartazes da imprensa e esqueces facilmente os braços humildes que te auxiliam a plasmar, no santuário da própria alma, as obras primas da esperança e da paciência.

Aplaudes os heróis e tribunos que se agigantam nas praças: todavia, não te recordas daqueles que te sustentaram a infância, de modo a desfrutares as oportunidades que hoje te felicitam.

Ouves, em êxtase, a biografia de vultos famosos e quase nunca te dispões a conhecer a grandeza silenciosa de muitos daqueles que te rodeiam, na intimidade doméstica, invariavelmente dispostos a te estenderem generosidade e carinho.

Homenageia, sim, os que te acenam dos pedestais que conquistaram, merecidamente, à custa de inteligência e trabalho; contudo, reverencia também aqueles que talvez nada te falem e que muito fizeram e ainda fazem por ti, muitas vezes ao preço de sacrifícios pungentes.

São eles pais e mães que te guardaram o berço, professores que te clarearam o entendimento, amigos que te guiaram a fé e irmãos que te ensinaram a confiar e servir...

Vários deles jazem agora, na retaguarda, acabrunhados e encanecidos, experimentando agoniada carência de afeto ou sentindo o frio do entardecer; alguns prosseguem obscuros e devotados, no amparo às gerações que retomam a lide terrestre, enquanto outros muitos, embora enrugados e padecentes, quais cireneus do caminho, carregam as cruzes dos semelhantes.

Pensa nesses anjos desconhecidos que se ocultam na armadura da carne, e, de quando em quando, unge-lhes o coração de reconhecimento e alegria.

Para isso, não desejam transfigurar-se em fardos nos teus ombros.

Quase sempre, esperam de ti, simplesmente, leve migalha das sobras que atiras pela janela ou uma frase de estímulo, uma prece ou uma flor.

Emmanuel

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

EXPIAÇÕES E PROVAS

Qual a diferença entre expiação e prova?
Expiação é o resgate imposto pela Justiça Divina a espíritos recalcitrantes.
Prova é o resgate escolhido por espíritos conscientes de seus débitos e necessidades.

Como identificar o espírito em expiação?
Geralmente é o indivíduo que não aceita seus sofrimentos, as situações difíceis que enfrenta, rebelando-se. Atravessa a existência a reclamar do peso de sua cruz.

E o espírito em provação?
Podemos identificá-lo como aquele indivíduo que enfrenta as atribulações da existência de forma equilibrada, aceitando-as sem murmúrios e imprecações. Como um aluno que se submete a exame, tenta fazer o melhor, habilitando-se a estágio superior.

É sempre assim?
Nada é definitivo no comportamento humano, já que exercitamos o livre-arbítrio. Um espírito em provação, que fez louváveis planos para a vida presente, pode refugar o que planejou. Da mesma forma, um espírito em expiação pode experimentar um despertamento da consciência, dispondo-se a enfrentar suas dores com dignidade, buscando o melhor.

Miséria é expiação?
Não é a posição social que determina a natureza das experiências vividas pelo espírito. O homem rico pode estar em processo expiatório, caracterizado por graves problemas. Por outro lado, a extrema pobreza pode ser uma opção do espírito em provação, atendendo a imperativos de sua consciência.

O que há em maior quantidade na Terra: espíritos em provação ou em expiação?
A humanidade é composta por uma maioria de espíritos imaturos, sem o necessário discernimento para planejar experiências. Situando-se nos domínios da expiação.

Dois espíritos vivem a mesma situação aflitiva. Nasceram com grave limitação física. Um está em expiação, outro em provação. O sofrimento é igual para ambos?
Provavelmente aquele que está em provação sofrerá bem menos. Tendo planejado a deficiência que enfrenta, tenderá a aceitá-la melhor. Isso tornará bem mais leve a sua cruz. Rebeldia, inconformação, revolta, desespero, são pesos adicionais que tornam a jornada humana bem mais sofrida.

Quando a Terra deixará de ser um planeta de expiação e provas?
Quando o homem terrestre deixar de ver no Evangelho um mero repositório de virtudes inacessíveis, elegendo-o por roteiro divino para todas as horas, com a invencível disposição de vivenciar seus princípios em plenitude.

Fonte: Livro dos Espíritos / Allan Kardec

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Meditação - Joanna de Ângelis

Reserva-te alguns minutos para a meditação antes de tomar atitudes,
de assumir compromissos.
Os melhores conselhos que recebes são guias e não soluções.
Os teus problemas pertencem-te e a ti cabe solucioná-los.
Transferir responsabilidades para os outros é fugir ao dever.
Como não é justo que te acredites responsável por tudo, também não é correto que culpes os outros por todas as ocorrências infelizes que te
alcancem.
Renovação moral é compromisso para já, e não para oportunamente.
Cada vez que postergas a ação dignificadora em favor de ti mesmo, as
circunstâncias se tornam mais complexas e difíceis.
Em ti próprio estão as respostas para as interrogações que bailam em tua mente.
Aclimata-te ao silêncio interior e ouvirás com clareza as diretrizes para
equacioná-las.
No dia-a-dia aprenderás a te encontrares, se o intentares sempre.
Um dia é valioso período de tempo, cheio de incidentes para serem
resolvidos e rico de oportunidade para elevação pessoal.
Ganha cada momento, fazendo uma após a outra cada tarefa, e
terminarás a jornada em paz.
Reflexiona, portanto, antes de agires, para que, arrependido, não venhas a meditar só depois.

Obra Episódios Diários/Joanna de Ângelis por Divaldo Pereira Franco

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O Espiritismo e os Animais

Os Espíritos respondem a Kardec, na questão 540 do O Livro os Espíritos: "... que tudo se encadeia na Natureza, desde o átomo primitivo até o arcanjo, pois ele mesmo começou pelo átomo", na questão 609 uma parte da resposta é: "...durante algumas gerações, pode ele (Espírito) conservar vestígios mais ou menos pronunciados do estado primitivo, porquanto nada se opera na natureza por brusca transição. Há sempre anéis que ligam as extremidades da cadeia dos seres e dos acontecimentos...". E ainda na Codificação, no livro A Gênese, cap. VI, que Allan Kardec se refere sobre a formação dos Espíritos e sua adaptação na matéria: "O Espírito não chega a receber iluminação divina que lhe dá o livre arbítrio e a consciência, sem haver passado pela série divinamente fatal dos seres inferiores, entre os quais se elabora lentamente a obra da sua individualização".

Gabriel Delanne em sua extraordinária obra, A Evolução Anímica, tece considerações sobre os animais, sua inteligência e evolução. No capítulo II (pág. 61 da 4ª edição da FEB), vamos encontrar o seguinte trecho: "Do homem ao macaco, deste o cão; da ave ao réptil e deste ao peixe; do peixe ao molusco, ao verme, ao mais ínfimo dos colocados nas fronteiras extremas do mundo orgânico com o mundo inanimado, nenhuma passagem é brusca...Nesta hierarquia dos seres, o homem reivindica o primeiro lugar a que tem direito, mas isso não o coloca fora da série, e quer simplesmente dizer que ele é o mais aperfeiçoado dos animais".

Sabemos que os animais possuem não apenas a inteligência, mas também o instinto e a sensibilidade e considerando o axioma que diz que todo efeito inteligente tem uma causa inteligente, temos o direito de concluir que a alma animal é da mesma natureza que a humana, apenas diferenciada no desenvolvimento gradativo.

Gabriel Delanne amplia ainda em seu livro, na questão 594: "Os animais têm linguagem?", e a resposta dos Espíritos a esta pergunta de Kardec foi: "- Se pensais numa linguagem formada de palavras e de sílabas, não, mas em um meio de se comunicarem entre si, então, sim. Eles se dizem muito mais coisas do que supondes, mas a sua linguagem é limitada, como as próprias idéias, às suas necessidades". Delanne descreve o exemplo do cão doméstico, diferente dos seus ancestrais selvagens, pois pelo processo das sucessivas reencarnações evolui, e recebendo do homem carinho e atenção age diferencialmente, aliás, Delanne cita: "Erasmus Darwin* nota que nos cães domésticos temos o latido da impaciência, como se dá em caçadas; o da cólera, um rugido; o uivo desesperado do prisioneiro e finalmente o da súplica, para que lhe abra a porta".

Eles usam a inteligência e a reflexão, não são apenas instintos no momento de apanhar a presa. Alguns sofrem muito quando abandonados por seus donos.

Algumas pessoas imaginam que admitir tal princípio equivale a rebaixar a dignidade humana.

Entretanto, não temos o que perder com esse paralelo a nós favorável, visto que é incontestável que um dado animal não pode nem poderá jamais encontrar a lei das proporções definidas, ou escrever uma peça teatral. Trata-se, simplesmente, de assentar que se o homem é mais desenvolvido que o animal nem por isso deixa de ser uma verdade que a sua natureza pensante é da mesma ordem, em nada difere essencialmente, e sim, apenas, em grau de manifestação.

*Erasmus Darwin - 1731-1802 - avô do naturalista Charles Darwin, escreveu o livro Zoonomia. Foi um dos mais notáveis médicos ingleses do seu tempo.

por Ana Gaspar


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ORAÇÃO A NOSSO FAVOR


"É indispensável compreender que a oração opera uma verdadeira transfusão de plasma espiritual, no levantamento de nossas energias".
Padre Eustáquio por Chico Xavier

Dentre os inúmeros benefícios da oração, a palavra do Mensageiro de Luz, que na última encarnação prodigalizou inúmeras curas, destaca a ocorrência da transfusão de energias espirituais que se dá no momento da prece. Equivalente ao processo de transfusão sanguínea, nós recebemos, no instante da oração, o que o Benfeitor chama de "plasma espiritual".

No plasma sanguíneo se encontram os glóbulos vermelhos, e o volume abaixo do normal desses glóbulos pode levar uma pessoa a ter anemia. Poderemos assim concluir que, no plasma espiritual, também encontramos substâncias que irão aumentar reservas de forças energéticas para superarmos nosso padecimentos. Guardadas as devidas proporções, poderíamos afirmar que a prece é um poderoso suplemento vitamínico.

As dificuldades do dia-a-dia acostumam operar um desgaste de nossas energias.

A preocupação, o medo, a aflição, a ansiedade e o desespero são como grandes válvulas por onde nossas reservas de força costumam se desvanecer. Ocorre uma espécie de "hemorragia magnética". Isso explica o motivo pelo qual nos sentimos abatidos e desanimados quando enfrentamos uma determinada situação mais estressante. Vejamos como uma pessoa chega a envelhecer depois de atravessar uma fase de provações. Até os cabelos embranquecem, quando não caem. Perda de energia vital que a prece poderia repor.

A oração é o posto de abastecimento de nossas energias. É o momento de renovação de nossas forças. É o instante em que Deus fala conosco e nos supre dos nutrientes espirituais necessários ao nosso revigoramento. Quem ora é mais forte, quem ora é mais sábio, quem ora está mais perto de Deus, e, portanto, mais perto de equacionar seus padecimentos.

Que tal você deixar que o Pai lhe dê agora o alimento de que você está necessitando? Entre logo nessa conexão divina e esteja on-line com Deus, em todos os lances de sua vida, e cure rapidamente essa anemia espiritual.

Livro: Minutos com Chico Xavier-José C.De Lucca

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

QUEM SÃO OS OBSESSORES?

O termo obsessor anda bem em voga ultimamente. E o que não faltam são locais realizando rituais para os obsediados livrarem-se destas malignas forças que tanto atrasam a vida de quem por elas é tomado. Os rituais são celebrados em seguimentos dos mais distintos que vão desde as Igrejas Universais até os Terreiros de Umbanda, desde as Irmandades Espiritualistas até os Centros Esotéricos, enfim, em todo lugar tem sempre alguém sendo obsediado e alguém expulsando este obsessor.
Interessante nesta história, é que geralmente as pessoas que são vítimas destes obsessores, passado um tempo livre deles, tem que retornar ao local de onde deles se livraram para novamente, repetir o processo de limpeza. Sinal que existe entre a pessoa e o obsessor uma relação bem estreita. E aí vem a pergunta: uma vez livre deste obsessor, porque este volta?
De certo volta, pois a pessoa não sai da sintonia, ou seja, a pessoa se limpa, mas não muda o principal que é suas atitudes e comportamentos para consigo e para com a vida.
Como dizia Einstein, tolice é querer que através da repetição de um mesmo processo, algo diferente ocorra.
Ora, se ao invés da pessoa ficar culpando obsessores por tudo que de ruim lhe acontece, passasse a questionar a si mesmo e mudasse sua maneira de agir, de pensar, de viver, talvez as coisas melhorassem efetivamente em sua vida.
É muito simples colocar a culpa das mazelas de nossa vida em forças malignas. Difícil é nós aceitarmos que somos senhores de nossos destinos e se as coisas não andam bem, assim não andam por culpa nossa e não de forças estranhas.
Não que eu não creia em energias negativas que se elaboram por aí, nem poderia não crer, mas daí a aceitar que as pessoas fiquem a mercê de tais forças e se lamentando da vida e toquem de ir para Igreja, Terreiro, Centros, sinceramente...
Como diz a velha frase: sorte tem quem acredita nela...
Pois eu digo: obsessores são companheiros de quem com eles se sintonizam. O tempo que ficam se preocupando em se limpar de obsessores, deveriam se ocupar em limpar suas consciências e uma vez limpas, poderem dormir toda noite com esta tranqüila, pois nada fizeram durante o dia para temer a Lei do Retorno.
Além do que, ficar falando de obsessores só reforça esta Egrégora nebulosa e rasteira e nada contribui para o bem estar de ninguém.
Daí creio que seja interessante refletirmos e de vez de buscarmos nos livrar de obsessores que estão fora de nós, buscar nos livrarmos dos obsessores que estão dentro de nós, na forma de invejas, rancores, ódios, arrependimentos, mágoas, e outros fantasmas que não fazem bem a alma.
Autor: Fernando Martins

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Espiritismo no Brasil

Ao longo do tempo, o Brasil consolidou-se como maior nação espírita do mundo.

No século XIX, encontramos diferentes relatos sobre pessoas que, sem conter nenhum conhecimento médio específico, indicavam receitas médicas para pessoas adoentadas. Conhecidos como “médins receitistas” ou “médiuns curadores” esses indivíduos tinham uma função diferente dos conhecidos curandeiros. Alegando contar com o auxílio de poderosas entidades espirituais, desvencilhadas de outras religiões, essas pessoas alegavam a presença de espíritos que intervinham no mundo material.
Tal manifestação religiosa tinha grande proximidade com a obra do francês Allan Kardec, que em 1857, sistematizou o conhecimento da doutrina espírita em sua obra “O livro dos espíritos”. Em pouco tempo, já na década seguinte, os primeiros exemplares desta obra apareceram em solo brasileiro. Concomitantemente, os primeiros grupos espíritas brasileiros tomavam forma.
Um dos primeiros e mais famosos entusiastas da nova prática religiosa foi Bezerra de Menezes, que ao converter-se à nova crença acreditava estar vivenciando o ápice da fé cristã. Essa figura histórica do espiritismo brasileiro abraçou a nova religião influenciada pela vivência com o médium João Gonçalves do Nascimento, que praticava curas na cidade do Rio de Janeiro.
A grande aceitação da prática espírita se deve à sua capacidade de articular elementos cultos e populares, onde uma pessoa de origem simples poderia incorporar figuras de prestígio. Muitos dos adeptos daquela época insistiam em assinalar como a nova religião andava em acordo com os princípios liberais e científicos em voga no período. Um exemplo claro dessa associação pode ser vista no fato de muitos republicanos e abolicionistas simpatizarem com o espiritismo.
No entanto, a nova religião sofreu grande oposição em um contexto histórico onde o catolicismo tinha grande presença. Nos códigos de lei da época e no receituário de alguns psiquiatras, o espiritismo era considerado uma manifestação de insanidade mental. A forte oposição sofrida foi combatida no momento em que, em 1884, foi criada a Federação Espírita Brasileira. O trabalho de reconhecimento feito pela FEB tratava de sistematizar as práticas e doutrinas arraigadas pela nova confissão religiosa.
O crescimento da doutrina espírita no Brasil ganhou novo fôlego, principalmente, ao surgimento de uma figura emblemática dessa religião: o médium Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier. Por meio de suas obras psicografadas, passou a popularizar ainda mais o espiritismo. Entre suas obras, podemos destacar “Brasil, Coração do Mundo Pátria do Evangelho”, onde ele narra a intervenção dos espíritos em diferentes acontecimentos da história nacional.
Ao longo do tempo, o espiritismo foi ganhando maior prestígio junto a diferentes classes e instituições. Um dos itens para explicar a maior aceitação do espiritismo se dá pela sua política assistencialista. A caridade, sendo ponto fundamental do espiritismo, acabou trazendo uma visão positiva sobre essa fé aproximada da razão.
Nas últimas décadas, o papel do Brasil frente aos rumos tomados pela doutrina espírita foi notório. Uma das mais interessantes afirmações desse papel central pode ser visto no fato de que pessoas de outras denominações simpatizam com o espiritismo. Talvez por isso, podemos compreender o porquê o Brasil é, e ao mesmo tempo, tem o maior contingente de praticantes do espiritismo e de denominações apáticas a essa mesma crença.

Por Rainer Sousa
Equipe Brasil Escola

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Os antagonistas do Espiritismo


É muito comum afirmarem que ser espiritualista é a mesma coisa que ser espírita. Aqueles que assim pensam dão prova de que desconhecem os fundamentos da Doutrina Espírita. Há outros que, ao serem interrogados sobre a religião a que pertencem, embora sejam espíritas militantes, vacilam e afirmam-se espiritualistas.
Ou desconhecem a diferença que há entre a Doutrina Espírita e as doutrinas espiritualistas ou temem confessar a qualidade de espírita convicto. Deixemos bem claro que espiritismo tem sentido filosófico por trabalhar a essência do ser, científico por fazer inovações dentro de seus conceitos a partir de novas descobertas e religião não no sentido místico da palavra, mas, no ideal maior que é LIGAR-SE com a causa primária de todas as coisas a qual chamamos DEUS!
É preciso que se saiba que "todo espírita é necessariamente espiritualista, mas nem todos os espiritualistas são espíritas”. Embora seja a Doutrina Espírita uma doutrina espiritualista, por excelência, é necessário fazer-se distinção das demais correntes espiritualistas. Muitas seitas e religiões espiritualistas são confundidas como sendo parte da Doutrina Espírita por admitirem a existência da vida após a morte, mas ainda mantêm rituais, cerimônias e adoção de imagens e a Doutrina Espírita é essencialmente baseada nos livros codificados por Allan Kardec que não têm qualquer tipo de ritual e menos ainda não adota nenhuma imagem ou ídolo.
Ficamos realmente bastante surpresos quando ainda ouvimos alguns antagonistas do espiritismo afirmarem que idolatramos A.Kardec ou mesmo que fazemos evocações ao tão temido “diabo” - tão divulgado em algumas religiões. É uma pena que alguns, por não conhecerem a essência do espiritismo, ainda o critiquem.
Nós espíritas apenas procuramos seguir o exemplo do nosso querido mestre Jesus, considerado por nós o espírito mais iluminado que já esteve em nosso planeta, praticamos a caridade no sentido mais amplo procurando seguir o mandamento maior “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”.
Espíritas mantêm suas dependências com doações, todos os trabalhadores são voluntários e não são remunerados, não pedimos dízimo nem impomos nada a ninguém, não há cobrança de nada tão pouco não existe ninguém que tenha como profissão o Espiritismo. Os espíritas são pessoas comuns que têm seus trabalhos remunerados, suas famílias e vivem na sociedade como qualquer outro.
Para conhecer a Doutrina Espírita na sua essência é necessário ler os Livros codificados por Allan Kardec e aprender que o verdadeiro espírita é somente aquele que pratica da caridade, respeita as diferenças e procura amar ao próximo assim como ensinou nosso querido Rabi da Galiléia !
Afinal das contas Jesus não criou religião alguma... Apenas amou!

Silmara Garcia

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O que acontece após a morte?

No instante da morte a alma volta a ser Espírito, retornando ao estado espiritual, seu lugar de origem, conservando a sua individualidade e seu perispírito.  Em sua nova situação, a alma vê e ouve ainda outras coisas que escapam à grosseria dos órgãos corporais. Tem, então, sensações e percepções que nos são desconhecidas. Aí conserva a sua individualidade, continua sendo ele mesmo, com seus defeitos e virtudes; continua a ter o envoltório que lhe é próprio, tomado na atmosfera do seu planeta, e que guarda a aparência de sua última encarnação. Tomando-se por base a pluralidade das existências, a individualidade seria a consciência global, sem ponderar o tempo, um acúmulo de experiências morais que são a base da formação do Espírito. Nada leva consigo deste mundo, a não ser a lembrança e o desejo de ir para um mundo melhor, lembrança doce ou amarga, conforme o uso que fez da vida. Leva os valores morais que conquistou.

Uma das maiores provas da individualidade da alma, depois da morte, temos nas comunicações que dela recebemos. Nessas comunicações existem particularidades que nos possibilitam reconhecer o comunicante. Se não fosse assim todas as comunicações que recebemos do mundo invisível seriam iguais, não importando o grau de evolução do Espírito. " Para os espíritas a alma não é mais uma abstração, tem um corpo etéreo que faz dela um ser definido, que o pensamento abarca e concebe; já é muito para fixar as idéias sobre a sua individualidade, suas aptidões e percepções......

A Doutrina Espírita transforma completamente a perspectiva do futuro. A vida futura deixa de ser uma hipótese para ser realidade. O estado das almas depois da morte não é mais um sistema, porém o resultado da observação. Ergueu-se o véu; o mundo espiritual aparece-nos na plenitude de sua realidade prática; não foram os homens que o descobriram pelo esforço de uma concepção engenhosa, são os próprios habitantes desse mundo que nos vêm descrever a sua situação; aí os vemos em todos os graus da escala espiritual, em todas as fases da felicidade e da desgraça, assistindo, enfim, a todas as peripécias da vida de além-túmulo. Eis aí por que os espíritas encaram a morte calmamente e se revestem de serenidade nos seus últimos momentos sobre a Terra. Já não é só a esperança, mas a certeza que os conforta; sabem que a vida futura é a continuação da vida terrena em melhores condições e aguardam-na com a mesma confiança com que aguardariam o despontar do Sol após uma noite de tempestade. Os motivos dessa confiança decorrem, outrossim, dos fatos testemunhados e da concordância desses fatos com a lógica, com a justiça e bondade de Deus, correspondendo às íntimas aspirações da Humanidade.  A lembrança dos que nos são caros repousa sobre alguma coisa de real. Não se nos apresentam mais como chamas fugitivas que nada falam ao pensamento, porém sob uma forma concreta. Além disso, em vez de perdidos nas profundezas do Espaço, estão ao redor de nós; o mundo corporal e o mundo espiritual identificam-se em perpétuas relações, assistindo-se mutuamente."
E é uma grande alegria para nós a certeza de que somos imortais e brevemente nos encontraremos em mundos felizes onde a dor e a maldade serão  mera ficção!!!

Iniciação ao Espiritismo - Therezinha Oliveira
Obras Básicas da Codificação - Allan Kardec