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Trabalhadores da Paz

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Palestra: “A prece torna o ser humano melhor?”.

Este é um dos temas que poderemos dizer ser ele totalmente ecumênico, pois quem quer que seja, que tenha algum segmento religioso, desde os primórdios recorre à prece. Quando falamos de prece lembramos imediatamente da oração que Jesus nos deixou como presente e é proferida por todas as religiões cristãs de nosso planeta “O Pai Nosso”. Não há quem, sendo cristão, que não conheça esta oração.

E no E.S.E. no seu último cap. 28 temos esta oração explicada à luz da Doutrina Espírita para que, ao proferimos seus versos, entendamos o que Jesus quis dizer.

E no E.S.E. no cap. 27 “Pedi e Obtereis” diz que o primeiro dever de toda criatura humana, ao acordar, é fazer uma prece.

E Sto Agostinho em sua mensagem intitulada “Ventura da Prece” afirma ser a prece filha da fé e nos leva aos caminhos que conduz a Deus.

Para que serve? Quando Sto.Agostinho diz ser a prece um dos caminhos que conduz a Deus ele quis dizer que é através dela que nos sintonizamos com o plano espiritual superior.

Através da prece podemos:
Pedir: Por nós ou pelos outros (encarnados ou desencarnados).
Mas precisamos saber pedir... Temos uma passagem de Jesus em Mateus onde ele diz: “Pedi e dar-se-vos-á(...)” Não há prece que não receba o atendimento fraterno dos amigos espirituais. Recebemos, de acordo com nossos méritos e nossas necessidades.

No E.S.E. temos a narrativa de estando um homem perdido no deserto ao fazer sua rogativa à Deus fora imediatamente intuído a caminhar mais além, atingir o cume de um morro e avistar um oásis. Ou seja, muitas vezes, quando estamos em situação difícil pedimos isto ou aquilo e a Espiritualidade superior nos intue a tomar a melhor decisão. Se somos pessoas de fé logo agradeceremos aos amigos do Mundo Maior mas se somos orgulhosos diremos “ainda bem que eu tomei esta decisão”(...)
No livro Mensageiros de André Luiz no cap.25 narra que quando a equipe de socorro orava focos de luzes radiantes, de várias colorações, partiam de cada Espírito da equipe indo cair sobre os corpos necessitados.

Agradecer: Por tudo o que recebemos ou estamos recebendo; devemos agradecer até mesmo por nossas dificuldades por sabermos ser através delas é que aprendemos preciosas lições.

Muitas vezes, quando estamos em situação difícil, pedimos e “aparentemente” não alcançamos o que desejamos “naquele instante” e não lembramos de agradecer, lamentamos não termos sido atendidos. Logo mais à frente observamos que talvez se tivéssemos nosso pedido 100% atendido teríamos sofrido ou mesmo feito sofrer a outros...

Ex. Viagem, perde o avião, avião cai... Dia chuvoso, viagem a noite, fura pneu (caiu barreira na estrada e eu nem soube... mas somente reclamei falta de sorte) . Lembremos de pedir, mas não esqueçamos de agradecer, mesmo quando “aparentemente” nossas rogativas não forem atendidas. Deus sabe de todas as coisas.

Louvar: Louvor à vida, a natureza, as flores, à bondade Divina.
No livro “Nosso Lar” no cap. 3 descreve o conforto que A.Luiz sente quando participa de um ambiente de oração coletiva de louvor, como que entoassem hino de conforto e paz.
É, sem dúvida, através da prece que nos sintonizamos com os amigos do alto. Nossos Anjos da Guarda, nossos Mentores, todos os espíritos afins que comungam conosco.

Eficácia
Infelizmente há quem não veja finalidade na prece ou mesmo duvida de sua consistência argumentando que Deus não precisa de nossos louvores, agradecimentos ou petições porque ele tudo sabe. Deus é o todo poderoso e nada ira mudar o fluxo das coisas...

Existem ainda aqueles que se dizem “ateus”, mas que na hora do sufoco maior na vida grita “Meu Deus! Meu Deus!” Estes não são verdadeiramente ateus...

Os céticos e materialistas, quando desesperançados, só lhes restam recorrer aos medicamentos, drogas, álcool e pensar ou mesmo cometerem suicídio! Pobres homens que somente aumentarão o sofrimento com sua teimosia e orgulho.

No livro Missionários da Luz no cap. 6 O Instrutor Alexandre demonstra como a prece constrói fronteiras vibratórias; a oração é o mais eficiente antídoto do vampirismo. Há preciosa informação sobre bilhões de raios cósmicos que a cada minuto descem sobre a fronte humana comprovando sua eficácia. Cada qual irá receber de acordo com suas necessidades, merecimento e padrão vibratório.

Quando a prece parece ineficaz?
Deus realmente não precisa de nossos louvores ou agradecimentos, mas nós é que temos a necessidade de mostrar o quanto somos bondosos, o quanto somos agradecidos, o quanto evoluímos... Louvar é um ato de amor, gratidão é um lindo sentimento! Nossos amigos Espirituais se felicitam ao ver que nosso coração está melhorando, esta se aperfeiçoando através destas nossas demonstrações de pureza de sentimentos.

Imaginem se Deus fosse atender todos os pedidos 100%... é sabido que ainda estamos evoluindo e pedimos muitas coisas fúteis, desnecessárias até para nossa vida...

Ex. Ganhar na loteria, arrumar marido, salvar vida de alguém que amamos (quando muitas vezes denota egoísmo nosso, pois este “ser” já cumpriu sua passagem aqui na terra e mais tarde nos encontraremos... temos que pedir que Deus nos fortaleça nos dê coragem para enfrentar nossos desafios).

Efeitos da prece
Ao orar em uma prece sincera e verdadeira (do fundo da alma) não decorando texto, não rezar, mas orar... Tirar de dentro de nós o nosso melhor –abrir as comportas da alma, emitir pensamentos aliados ao sentimento e vontade.

Neste momento as irradiações de nosso pensamento e sentimento são propagadas pelo fluido universal, indo atingir os amigos espirituais de planos mais elevados formando em nós uma corrente fluídica.

E vamos nos tornando seres cada vez melhores; Pois conseguimos examinar melhor nossos problemas de um ponto de vista superior, recebendo intuição necessária para solucionar, temos aceitação ou mesmo resignação quando precisamos passar por provas.

É através da prece que captamos energias reconfortantes e fortalecedoras.

Atrairemos para nós bons espíritos que poderão até intervir na solução dos problemas, se as leis divinas assim o permitirem (nestes casos serão avaliados a necessidade e nosso merecimento).

É, portanto através da oração que nos tornamos mais tranqüilos, muitas vezes antes de orarmos, um ou outro problema poderia parecer insolúvel ou insuportável, depois de orarmos encontramos a solução ou nos sentimos mais fortalecidos para enfrentar toda e qualquer dificuldade.

Prece intercessória
Todo o benefício que obtemos para nós com a prece, pode proporcionar as outras pessoas, quando oramos por elas.

Podemos também orar pelos desencarnados. Os Espíritos, como os encarnados, gostam de ser lembrados nas vibrações benéficas da prece.

Os Espíritos sofredores, ao serem lembrados, sentem-se menos abandonados e infelizes, as preces lhes aliviam os sofrimentos e os orientam para o arrependimento e recuperação espiritual.

No livro “Céu e Inferno” de Allan Kardec, 2ª. parte tem relatos de espíritos infelizes que dizem se sentirem melhores quando recebem os eflúvios de prece proferidos por irmãos bondosos.

Mas como devo orar para ser atendida?
Estas perguntas fazem sempre. Queremos que nossas petições sejam prontamente atendidas.

Entretanto não há postura, local circunscrito ou mesmo fórmulas especiais para orações, pois é uma ação espiritual.

Na última parte do E.S.E. temos alguns modelos de preces que os bons Espíritos nos ensinam e visam a:

- Orientar aqueles que têm dificuldade em coordenar pensamentos;

- Chamar nossa atenção para determinados temas e verdade espirituais; (temos desde prece para encarnados, desencarnados, na hora da morte, inimigos etc.).

Por falar em inimigos, Jesus já nos alertava quanto à necessidade de “Amar aos nossos inimigos”... Pois, quando encarnados, temos uma visão diferente do plano superior, muitas vezes temos inimigos que fizemos no passado e que precisam nos perdoar...

Mas antes mesmo de orar precisamos fazer como Jesus ensinou “Reconcilia-Te primeiramente com seus adversários”... Ou seja, como eu posso pedir perdão se eu mesmo não perdôo como eu quero ser atendida em minhas rogativas se não mereço porque eu não estou de acordo com as leis morais de Deus (não estou perdoando)? Tenho ódio no coração? (preciso limpar meu coração) antes de acreditar ser merecedora disto ou daquilo.

Jesus, em várias passagens do Evangelho, ensina como deve ser nossa atitude espiritual ao orar:

Com humildade:
Temos de reconhecer nossa necessidade e estarmos receptivos. Na bíblia em Lucas a parábola do Fariseu e do Publicano faz a citação do primeiro que orava com orgulho, considerando-se melhor que os outros enquanto o Publicano se reconhecia errado e pedia perdão; o fariseu nada conseguiu enquanto que o Publicano recebeu o amparo pedido.

Sem ressentimentos:
Como já falamos não podemos estar com mágoas ou com ódio. Se tivermos algo contra alguém precisamos primeiramente perdoar sinceramente. Se alguém tem algo contra nós, vamos também estender nossa mão e reconciliar com este irmão. Se isto ainda não for possível posso rogar ao pai misericordioso que me dê entendimento e faça com que eu saiba tocar o coração deste meu suposto “antagonista”. Se mesmo com todas as minhas tentativas o irmão permanecer recalcitrante, posso me tranqüilizar, porque eu fiz tudo o que estava ao meu alcance... Continuarei a vibrar para que este irmão liberte-se das amarras da mágoa, angústia, orgulho e tantas outras mazelas que somente aprisionam quem quer que seja.

Com simplicidade:
Não há necessidade de gritos, ostentação, gestos ou posições especiais muito menos palavras tão difíceis que – quando estamos – em um grupo – alguns precisam até recorrer ao dicionário!

“Em Mateus cap. 6 vers. 5-8 temos uma passagem de Jesus que diz – Qdo orardes, não sereis como os hipócritas, porque gostam de orar em pé para serem vistos dos homens. Eles já receberam a recompensa... Tu, porém, qd orares, entra no teu quarto, e, fechada à porta, ora o teu Pai que está em secreto...”.

Nesta passagem fica bem claro que a oração que agrada a Deus é aquela que é proferida com o coração, com amor, com sinceridade...

O Atendimento
Para ser atendida o pedido precisa ser justo. Jesus afirmou “Tudo quanto pedirdes, crede que recebereis...” (Marcos 11-24).

Naturalmente, Jesus se referia a um pedido justo (possível, benéfico, oportuno). Em nossa ignorância, fazemos pedidos que nos pareçam justos, mas, espiritualmente, talvez não. O apóstolo Paulo esclarece em Romano 8:26-27... ”Nem sempre sabemos pedir como convém”...

Ex. Ganhar na loteria... (muitas vezes se fossemos ricos deixaríamos uma vida reta para viver nos gozos terrenos, esqueceríamos de orar, de Deus e nossa evolução seria prejudicada).

Perseverança
Geralmente, variamos muito de pedido... Desisto de um pedido que está demorando e vou para outro... e assim vamos a uma petição constante sem consistência... Precisamos orar com fervor, verificar a real necessidade, insistirmos (mesmo que demore, pois há assuntos que requer mais tempo para sua solução).

No livro “Domínios da Mediunidade” no cap. 20 há ensinamentos valiosos sobre casamento quando o lar vivencia a traição de um dos cônjuges... Áulus diz que a vingança é a alma do mal... Felizmente o ofendido, pela prece, não mudou o fato, pois já havia acontecido... mas modificou a si mesmo, obtendo forças e amparo espiritual para administrar evangelicamente a crise conjugal!

Quantas vezes com resignação e amor conseguimos coisas que sequer esperávamos! Quantas mães que, em suas rogativas, oram por filhos viciados, dados como perdidos e um dia este filho deixa o vicio, passam a freqüentar igreja... Torna-se bom! Perseverança é importante!

Merecimento
Um critério importante de avaliação espiritual dos nossos pedidos é o merecimento. Muitas vezes precisamos passar por determinadas provas, que já estavam inclusive, acertadas no plano maior... Não há como mudar!

Através da prece, nos tornamos melhores, mais evoluídos e resignados para aceitar nossos desafios.

Portanto não há realmente prece que não seja atendida, pois mesmo quando não merecemos se fazemos prece, somos envolvidos com eflúvios de amor de nossos amigos Espirituais a nos fortalecer, animar, estimular sempre!

Gosto muito de uma passagem de Chico no livro Pai Nosso quando um filho vê o homem trabalhando na lavoura e comenta com o pai... Ele nunca ora... Ele nunca faz prece ao criado...

Eis que o sábio pai lhe diz: Trabalhar, também e orar!

Portanto, quantas e quantas mães solteiras deixam seus filhos em creche logo cedo e vão para labuta fortes e com fé que tudo dará certo!

Onde que estejamos o que quer que façamos, a qualquer hora... É sempre tempo de louvar, pedir ou agradecer...

E somente assim vamos nos fortalecendo e nos tornando cada vez melhores para que um dia possamos estar tão evoluídos quanto nosso querido e amado mestre Jesus!

Muito obrigada por sua atenção.

Paz e Luz a todos!

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