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Espiritism&AllanKardec

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Trabalhadores da Paz

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Palestra Desencarnação - L.E. Q. 149-168

A Terra por ser ainda um planeta onde ainda existe a predominância da natureza material, os homens conservam apegos que fazem com que ele se apegue em demasiado as coisas de ordem material, muitas vezes deixando de lado o lado espiritual, o próprio instinto de conservação, ignorância, crenças arraigadas onde a morte seria o fim da existência, o fim da vida faz com que o homem tema a morte!

Para a D.E. a morte seria apenas o esgotamento da capacidade dos órgãos do ser, ou seja, a falência do corpo físico. Como somos espíritos vivendo temporariamente em um corpo, continuamos nossa existência em um outro plano.

Entendamos que morrer é diferente de desencarnar!

Quando encarnamos nosso Espírito se liga à matéria, através do seu perispírito e sob a influência do princípio vital. Quando o corpo morre, ou seja, quando as funções orgânicas cessam há o desligamento do Perispírito. O espírito liberto retorna ao mundo espiritual.

Desencarnação é o processo pelo qual o Espírito se desprende do corpo. Há uma espécie de desatamento do corpo fluídico “cordão de prata”.
No L.E. A.Kardec faz uma alusão à lagarta quando se transforma em borboleta... A lagarta deixa o corpo denso e sai em um vôo tranqüilo com suas asas leves para um novo universo...

Mas como ocorre o desligamento?
Cada pessoa é um ser único, com suas dificuldades morais, com suas particularidades por este motivo o desenlace mais ou menos lento irá depender do grau de evolução de cada ser.

Separação da alma e do corpo
O desprendimento do Perispírito opera-se gradativamente, pois os laços fluídicos que o ligam ao corpo não se quebram, se desatam; dos pés à cabeça sendo o cérebro o último a desligar-se.

Logo após o desencarne, o Espírito entra em um estado de perturbação espiritual. Fica confuso como quem desperta de um longo sono e ainda não se habituou ao novo ambiente.

Ex.: É claro que há casos em que, dado à evolução do Espírito não há perturbação alguma... mas deixemos isto para um Bezerra de Menezes que ao chegar ao plano espiritual havia uma grande festa o aguardando, Militão Pacheco que – ao presentir que sua hora havia chegado – escreve um bilhete aos seus confrades, Chico Xavier que pediu para que a Espiritualidade permitisse que no dia de sua passagem os homens do BR tivessem um dia feliz! Foi quando BR ganhou a Copa!

Obreiros da Vida Eterna – A.Luiz, Jerônimo (instrutor espiritual), Padre Hipólito e a enfermeira Lucila vêm a Terra para estudarem casos de desencarnações.

Há um caso de um trabalhador de uma Casa Espírita, muito dedicado, de nome Dimas que, nos momentos que precediam seu desencarne recebeu a presença de sua mãe, inclusive, durante o velório ela o conserva em seu colo (o cordão ainda não havia sido cortado)... Este Espírito, embora bom, atencioso com as tarefas do Centro Espírita fora muito displicente quanto à atenção à sua família e quando se deu conta de seu desencarno no plano espiritual tem um acesso de “nervos” quer voltar e ter uma nova oportunidade de conversar com seus filhos (...) É claro que ele é socorrido fraternalmente e paulatinamente vai se tranqüilizando (...).

Mas vejam que este caso nos esclarece da importância de nossa dedicação aos nossos queridos da terra... Temos mérito em ajudar o próximo, mas não nos esqueçamos jamais de que nossa família é o nosso próximo mais próximo ou sofreremos as conseqüências de nosso desprezo mais tarde.

Joanna de Angelis no livro “No limiar do Infinito” psicografado por Divaldo Pereira Franco afirma que por mais endividado que seja o Espírito a espiritualidade assisti-o na hora da desencarnação.

O que influe no processo da desencarnação:
Quando encarnamos na Terra, chegamos com uma quantidade específica de “Fluído Vital” (nosso combustível) e é o que determina a durabilidade de nossa existência corporal. Ex. 80anos, 70anos, 100anos etc.

Mas, nós, através de viciações, excesso de trabalho/sexo exacerbado/drogas/álcool ou ainda crises emocionais fazemos com que este fluido se escasseie antes do tempo. (Imaginemos temos um carro zero, mas nunca fazemos à revisão necessária, dirigimos com excesso de velocidade, colidimos diversas vezes e continuamos com todo tipo de infrações no trânsito... Nosso carro zero, que poderia durar 10, 20 ou mesmo 30 anos por não cuidarmos acaba por ter perda total!).

Um exemplo conhecido é o Espírito Allan Kardec que fora considerado um suicida indireto por ter chegado ao plano espiritual antes do tempo previsto devido ao excesso de trabalho!

Espíritos considerados “completistas” são poucos... Ex. Herculano Pires (dado à evolução de seu espírito logo após seu desencarne mandou msg através de um médium de seu Centro Espírita), outros citados, mas ainda minoria em nosso plano.
Na morte por velhice ou mesmo na morte por doença prolongada – em geral – o processo de desligamento é feito pouco a pouco com o esgotamento paulatino da vitalidade orgânica.

Portanto quando vemos pessoas com idade prolongada ou mesmo doentes que estiveram por meses presos a uma cama devemos entender que é uma benção não só para a família – que se preparou – como também para o espírito.

Nas mortes violentas ou repentinas como o desatar dos laços que ligam o espírito ao corpo é brusco a perturbação tende a ser maior.
Casos excepcionais como suicidadas o espírito poderá sentir-se por algum tempo “preso” ao corpo que se decompõe.

No livro Céu e Inferno parte II há vários casos de narrativas de espíritos suicidas que passaram por dolorosas impressões ao descobrirem-se “vivos” e não mortos como pretendiam.

Ainda falando sobre mortes violentas, lembramos de um caso de um acidente acorrido no interior de S.Paulo onde um rapaz morre agonizando dentro de um carro em chamas. A mãe desesperada por julgar que seu filho havia sofrido muito antes de sua morte passou a não ter mais sossego até receber uma mensagem de seu filho através da psicografia de Chico Xavier onde o filho relatava não ter visto nada de seu acidente e que estava em paz com toda atenção de seu avô!

Vejam que as comunicações pós morte têm papel importante no que diz respeito a esclarecer-nos quanto à existência de um outro plano como tb consolar parentes desesperados.

Muita gente quando “perde” entes queridos saem em busca desenfreada de mensagens do outro plano, mas há de se considerar a necessidade, importância e a lembrança de que o “telefone toca de lá para cá e não ao contrário” (...) como dizia Chico Xavier.
Ressaltando que é vã consultas a médiuns com interesses funestos!

Um outro fator importante que devemos considerar no desenlace é o grau de evolução de cada um.
Em Espíritos evoluídos, a perturbação é menos demorada e há casos em que o próprio espírito ajuda seu desenlace.

Ex.: Ainda no livro Obreiros da Vida Eterna, há um espírito de nome Sr.Fábio, que está prestes a desencarnar, seus filhos e esposa estão em volta de sua cama e ele pede o E.S.E. para sua esposa, lê um trecho, conversa com seus filhos pedindo que obedeçam à mãe e depois o fio de prata é desatado... Poucos dias depois a esposa, durante o sono físico, visita o marido no plano espiritual com toda a tranqüilidade.

Um caso também curioso é o caso de Dna Adelaide que era uma espécie de instrutora espiritual encarnada de um grupo de pessoas que freqüentavam um C.Espírita onde todos os dias fazia filas para ficarem vibrando em volta da cama dela... Dna Adelaide, durante o sono físico, vai até a Casa Transitória e pede a Dna Zenóbia para que a ajude a desencarnar... Dna Zenóbia junta o grupo no plano espiritual, tb durante o sono de cada um, e pede que todos a deixem tranqüila... No outro dia ninguém aparece na casa de Dna Adelaide para orar, vibrar e ela segue em paz... O próprio Bezerra de Menezes vai ajudá-la e ela própria pede, minutos antes de sua partida, para fazer uma oração de agradecimento para seu corpo físico...

Existem muitos casos em que a família atrapalha o desenlace do moribundo. Quem já não viu casos em que o “doente” tem uma melhora repentina e surpreendente... quando a família relaxa, vão para casa, deixando o hospital, o doente tranqüilo e no dia seguinte vem a notícia do desencarne.
É claro que devemos vibrar para nossos queridos quando em casos de doença ou mesmo no leito de morte, mas não egoisticamente e sim para que Deus faça o que for melhor, que faça Sua vontade.
Ajuda espiritual
A bondade divina não desampara ninguém e também não nos falta na hora de nosso desencarne.
Por toda a parte há bons espíritos e muitos se dedicam à tarefa de auxiliar no desencarne. É comum amigos e familiares, que desencarnaram antes, receberem e ajudar o desencarnante em sua passagem.

Ex.: No livro Missionários da Luz A.Luiz observa uma caravana que esta chegando ao plano espiritual e há um grupo de amigos e familiares aguardando e uma mãe pede para que o filho (ambos desencarnados, aguardando o pai) tenha compreensão caso o pai não os reconheça.

Infelizmente nem todos estamos evoluídos o bastante para termos o mérito de desencarnar tranquilamente ou mesmo sermos recebidos no plano espiritual de forma agradável. Por este motivo é importante que compreendamos e estudemos a D.E.

Precisamos trabalhar o lado espiritual durante nossa existência terrena, os espíritos muito materialistas têm dificuldade no desprendimento terreno.

Ex. É comum, durante trabalhos de doutrinação aos espíritos desencarnados, realizados nas Casas Espíritas recebermos a visita de espíritos que ainda se acham no plano da Terra, não conseguem entender que já estão em outro plano. Há um caso de um senhor que reclamava, durante a conversação com o orientador espiritual, de estarem roubando seu dinheiro... O orientador consegue tirar a idéia fixa do espírito e oportunamente o encaminha. Ainda no livro Obreiros da Vida Eterna André Luiz em visitação no cemitério encontra uma senhora sentada em seu próprio túmulo gritando para que seja libertada e pedindo para visitar seus filhos (...) O instrutor espiritual Jerônimo esclarece que aquela senhora ainda tinha idéia fixa na materialidade e que em hora própria será encaminhada de acordo (...)

Quando Jesus falou “Conheça-te a verdade e a verdade vos libertará” queria nos alertar quanto à importância de sairmos da ignorância... Quando mais estudarmos mais fácil ficará o nosso entendimento nos momentos difíceis de nossa vida, e isto não vale somente para o desencarne, passamos a entender nossas dificuldades e superamos com maior tranqüilidade.


Depois da Morte
Após desligar-se do corpo material o Espírito conserva sua individualidade, continua sendo ele mesmo com defeitos e virtudes. Os bons sentem-se felizes os maus sofrem as conseqüências de seus atos.

Através do Perispírito conserva a aparência da última encarnação, já que assim se mentaliza. Mais tarde, se o puder e desejar, a modificará.
Depois, da fase de transição, poderá estudar, trabalhar e preparar-se para nova existência a fim de continuar evoluindo.

Comemorações Fúnebres
Muitos são os costumes, idéias e atitudes que a sociedade e a religião adotam, ante os corpos mortos e os Espíritos que os deixaram.
Como em muitos casos o espírito ainda não deixou o corpo, faz-se necessário o devido respeito nos velórios não somente ao desencarnante como também aos familiares.

No livro Sinal Verde, André Luiz nos sugere que sejamos breves em velórios, para não darmos aberturas para comentários menos felizes.
No livro “Viajores da Luz de Chico Xavier” há uma psicografia de um caso da cidade de Votuporanga onde quatro espíritos recém desencarnados narram terem ficados horrorizados com as coisas que ouviram de amigos durante os seus velórios.
Para nós Espíritas nos velórios devemos manter nos respeitosos, o sepultamento não adota luxo nem ostentação, mas lembra com afeto e procura homenageá-los com bons atos orando para seu bem estar. Sabemos que a visitação ao túmulo é indispensável, pois nossas vibrações alcançam onde quer que ele esteja.

Cremação de cadáver e transplante de órgãos
O corpo é uma veste e um instrumento valioso e útil para o Espírito enquanto encarnado. Depois de morto, nenhuma utilidade, portanto, poderão vir a ser cremado ou lhe serem retirados os órgãos para transplantar.

No caso de cremação, e recomendável um intervalo razoável após a morte (Emmanuel sugere 72 horas) a fim de se ter maior segurança de que o desligamento perispiritual já se completou.
No caso de doação de órgãos, basta que as pessoas estejam bem esclarecidas a respeito na certeza de que o desejo de doar é quase sempre feito em vida por amor ao próximo.
E como devemos seguir o exemple de Jesus, tudo o que fizermos por amor nos levará certamente à tão sonhada jornada Feliz!

Fica aqui o convite para que nos esclareçamos cada vez mais a fim de atingirmos a evolução e a tranqüilidade necessária diante das viscissitudes da vida!

Muito obrigada por sua atenção.
Paz e Luz à todos!
Silmara Garcia

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