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Trabalhadores da Paz

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ÉTICA DA TRANSFORMAÇÃO



“Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral”ESE-Cap 17-4
“Despersonificar-se”, esvaziar-se de “si”, tirar a máscara é o objetivo maior da renovação espiritual. Esse o grande desafio a ser seguido por todos os que se comprometeram com seriedade nas nobres finalidades do Espiritismo com Jesus e Kardec. Extenso será esse caminho reeducativo na vitória sobre nossa personalidade O meio prático e eficaz de consegui-lo, conforme ensinam os Bons Espíritos da codificação, é o conhecimento de si mesmo.Trata-se de um trabalho processual, ou seja, obedece a uma seqüência. Em conceito bem claro, é a habilidade de lidar com as características da personalidade melhorando os traços que compõem suas formas de manifestação. Caráter, temperamento, valores, vícios, hábitos e desejos são alguns desses caracteres que podem ser renovados ou aprimorados. O maior obstáculo a transpor é o interesse pessoal, o conjunto de viciações do ego repetido durante variadas existências corporais e que cristalizaram a mente nos domínios do personalismo.
Entretanto, o autodescobrimento exige uma nova ética nas relações consigo e com a vida: é a ética da transformação,. O Espiritismo é inesgotável manancial no alcance desse objetivo. Seu conteúdo moral é autêntico celeiro de rotas para quantos desejem assumirem o compromisso de sua transformação pessoal.A prática essencial e meta fundamental dos ensinos dos Bons Espíritos é a melhora da humanidade com a formação do homem de bem. O Espiritismo, em verdade, está nos elos que criamos, uns com os outros, e que passam a fazer parte da personalidade nova que estamos esculpindo com o buril da educação.
Em face dessas reflexões, evidencia-se a urgência da edificação de laços de afeto nos grupamentos humanos, no intuito de fixarmos na intimidade as mensagens do evangelho e do bem universal. Afeto é a seiva vitalizadora dos processos relacionais e o construtor de sentidos nobres para a existência dos homens.O autoconhecimento, através das luzes de imortalidade que se espraia dos fundamentos espíritas, é um mapa de como chegar ao “eu verdadeiro”, à consciência. Todavia, essa viagem não pode ser feita somente com o mapa, necessita de suprimentos morais preventivos e fortalecedores, necessita de uma ética de paz consigo próprio. Somente se conhecer não basta, é necessário um intenso labor de auto-aceitação para não cairmos nas garras de perigosas ameaças cujas mais conhecidas são a culpa, a autopunição e a baixa auto-estima, as quais estabelecem transformação pessoal um resultado libertador de saúde e harmonia interior. Tomar posse da verdade sobre si mesmo é um ato muito doloroso para a maioria das criaturas.
Consideremos alguns comportamentos que serão roteiros de combate, vigília e treinamento para instauração nas linhas éticas no processo autotransformador:
Postura de aprendiz – jamais perder o viçoso interesse em buscar o novo, o desconhecido. Sempre há algo para aprender e conceitos a reciclar. Romper com os preconceitos e fugir do estado doentio da auto-suficiência.
Observação de si mesmo – é o estudo atento de nosso mundo subjetivo, o conhecimento das nossas emoções, o não julgamento e a auto-avaliação constante. Tendemos a avaliar o próximo e esquecer do serviço que nos compete,
Renúncia – a mudança íntima exige uma seletividade social dos ambientes e costumes, em razão dos estímulos que produzem reflexos no mundo mental. No entanto, a renúncia deve ampliar-se também ao terreno das opiniões pessoais e valores institucionais, para os quais, frequentemente, o orgulho nos ilude.
Aceitação da sombra – sem aceitação da nossa realidade presente, poderemos instaurar um regime de cobranças injustas e intermináveis conosco e posteriormente com os outros. A mudança para melhor não implica em destruir o que fomos, mas dar nova direção e maior aproveitamento a tudo que conquistamos, inclusive nossos erros.
Autoperdão – a aceitação, para ser plena, precisa do perdão. Manter postura de perdão às faltas que cometemos e , mas que gostaríamos/tentaríamos não cometer mais.
Cumplicidade com a decisão de crescer – o objetivo da renovação espiritual é gradativo e exige devoção. Não é serviço para fins de semana durante a nossa presença nas tarefas do bem, mas serviço continuado a cada instante da nossa vida, onde estivermos. Somente com severidade e muita disciplina construiremos o homem novo almejado.
Vigilância – é a atitude de cuidar da vida mental. Cultivar o hábito da higiene dos pensamentos, da meditação no conhecimento de si, da absorção de nutrição mental digna nas boas leituras, conversas, diversões e ações sociais. Vigilância é a postura da mente alerta, ativa, sempre voltada a ideais enriquecedores.
Oração – é a terapia da mente. Sem oração dificilmente recolheremos os germens divinos do bem que constituem as correntes de Energia Superior da Vida. Através dela, igualmente, despertamos na intimidade forças nobres que se encontram adormecidas ou sufocadas pelos nossos descuidos de cada dia.
Trabalho – os Sábios Guias da codificação asseveram que toda ocupação útil é trabalho. Dar utilidade a cada momento dos nossos dias é sublime investimento de segurança e defesa aos projetos de crescimento interior.
Tolerância – toda evolução é concretizada na tolerância. Deus é tolerância. Há tempo para tudo e tudo tem seu momento. Os objetivos da melhoria requerem essa complacência conosco para que haja mais resultados satisfatórios. Complacência não significa conformismo, mas caridade com nossos esforços.
Amor incondicional – aprender o auto-amor é o maior desafio de quem assume o compromisso da reforma íntima. Sem auto-amor a reforma íntima reduz-se a “tortura íntima”. Aprender a gostar de si mesmo, independente do que fizemos no passado e do que queremos ser no futuro, é estima a si próprio.
Socialização – se o interesse pessoal é o grande adversário de nosso progresso, então a ação em grupos de educação espiritual será excelente medicação contra o personalismo e a vaidade. Destaquemos assim o valor das tarefas doutrinárias regadas de afetividade e siso moral. São treinamentos na aquisição de novos impulsos.
Caridade - se socializar pode imprimir novos impulsos e reflexões no terreno da vida mental, a caridade é o “dínamo de sentimentos nobres” que secundarão o processo socializador, levando ao nível de abençoada escola do afeto e revitalização dos ensinamentos espíritas.
Conviveremos bem com os outros na proporção em que estivermos convivendo bem conosco mesmo. A adoção de uma ética de paz, no transcorrer da metamorfose de nós próprios, será medida salutar no alcance das metas que almejamos, ao tempo em que constituirá garantia de bem-estar e motivação para a continuidade do processo.Nos celeiros de luz dos repositórios do Evangelho, verificamos que a maior virtude de um cristão é disponibilidade para servir e aprender, o programa ético mais completo e eficaz para quantos desejam a auto-iluminação.
Fontes: ESE – cap.17 – Item 4 // Reforma Íntima Sem Martírio - Wanderley S. de Oliveira/ Ermance Dufaux

Transforme para ser feliz
Beijos
Silmara Garcia

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